A Polícia Militar e o Governo de
Pernambuco parecem estar próximos de chegar a um acordo. Representantes
da PM, do Corpo de Bombeiros e os secretários de Administração, Milton
Coelho, e de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, se reuniram nesta
quarta-feira (4) para que o executivo apresentasse a proposta à
categoria. Ao todo são seis pontos de reivindicação. O principal e mais
problemático é o pedido de promoção para cabos e soldados. Tanto governo
quanto os servidores avaliaram positivamente o encontro, apesar de não
terem chegado a uma definição. Nova proposta será apresentada no próximo
dia 9, véspera da assembleia da categoria.
A celeuma se deve à falta de
entendimento na equiparação das promoções. O governo ofereceu reajuste
para 1.550 soldados (com mais de 10 anos de corporação) e 850 cabos
(acima de 20 anos). No total, foram 3.794 promoções repartidas para todo
o escalão. Segundo Milton Coelho, o governo garantiu o aumento no valor
do vale alimentação e na gratificação para os motoristas – outros dois
pedidos da categoria.
“O ambiente de negociação tem
transcorrido num clima para buscar um entendimento, tanto da parte deles
quanto do governo. Isso nos dá a impressão muito positiva de que vamos
chegar ao dia 9, que é véspera da assembleia, com um entendimento”,
afirmou o secretário de Administração. O impacto do reajuste nos cofres
públicos será de R$ 50 milhões.
Do lado dos PMs e bombeiros, o deputado
estadual Joel da Harpa (Pros) participou da reunião como interlocutor
das categorias. Ele reiterou que a dificuldade para chegar a um consenso
é justamente o equilíbrio entre as promoções.
“Eles ofereceram 3.794 promoções
imediatas para cabos, soldado e oficiais, mas a gente entende que é
preciso dar mais [promoções] para então partir para adequação do Plano
de Cargos e Carreiras e Vencimentos (PCCV)”, explicou o parlamentar.
De acordo com Joel, o número tem que se
aproximar das 5 mil promoções, principalmente de soldados para cabo.
Atualmente, na Polícia Militar, o efetivo de soldados acima de 10 anos é
2.190. Cabos são mais de 4 mil.
“A minha avaliação é que o governo tem negociado, existe um querer do
governo de atender os anseios, no entanto, nesse primeiro momento, eu
ainda acho que foi pouco e o governo precisa fazer uma oferta maior para
a corporação”, explicou o deputado.
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