247 - Os dois principais comentaristas da Band
na Copa do Mundo, os ex-jogadores Neto e Edmundo, colocaram o dedo na
ferida. "Esse vexame tem um responsável e ele se chama Felipão", disse
Neto. "Felipão só se preocupou em fazer comerciais antes da Copa, e não
em treinar o seu time".
De fato, antes da Copa, Felipão só faturou menos do que o jogador
Neymar. Fez comerciais para as empresas Gillette, Sadia, Vivo, Ambev,
Peugeot e Walmart. Em março deste ano, três meses antes da Copa, ele
apareceu em 318 inserções de comerciais na TV aberta.
"O Felipão é a figura do momento no Brasil: ganhou a Copa das
Confederações e voltou a dar credibilidade para a nossa seleção. Com a
Copa do Mundo se aproximando, ele terá cada vez mais presença e impacto
no cenário nacional, e é exatamente essa dimensão que queremos", disse, à
época, Frederico Battaglia, diretor de Marketing da Peugeot do Brasil.
Felipão encheu a conta bancária, mas protagonizou o maior vexame do
Brasil na história das Copas, com a derrota por sete a um para os
alemães na semifinal em Belo Horizonte, com direito a gritos de olé da
torcida para os alemães. "Poderia ter sido 10 a zero, se a Alemanha
tivesse pressionado um pouco mais", disse Edmundo. "O Felipão rebaixou o
Palmeiras para a segunda divisão e ganhou a seleção brasileira como
prêmio".
Neto bateu duro em Felipão. "Convocou mal e escalou pior ainda o
time". De fato, para uma equipe que foi a Copa com Fred e tinha no banco
Jô, dificilmente poderia dar certo.
No fim do jogo, Felipão reuniu a equipe e disse: "A responsabilidade é
minha". Neto concordou. "A culpa é só dele e o Brasil precisa repensar a
forma de escolher seus treinadores".
Na ESPN, o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, da ESPN,
lembrou que foi "a maior derrota da seleção brasileira em 100 anos".
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