247 – Celebridade esportiva mais controvertida
do mundo, sem rivais nas escolhas políticas, dramas pessoais e
capacidade de criar casos, o ex-jogador Diego Maradona é o torcedor
número 1 da Argentina no Brasil. Ele está saboreando a ida da seleção de
seu país, após 24 anos, a uma final de Copa do Mundo, além de estar se
divertindo com a derrota da Seleção Brasileira, por 7 a 1, frente a da
Alemanha. Estaria, em tese, numa situação para tripudiar do Brasil, mas
sua opinião sobre o Mundial no País é bem diferente:
- O Brasil perdeu em campo, mas ganhou como país, resumiu ele, na
quinta-feira 10, no programa De Zurda (de esquerda), que faz para a
emissora Telesur, da Venezuela.
Maradona indicou que a campanha de descrédito da capacidade de o
Brasil organizar o Mundial, iniciada internamente, nas páginas da mídia
tradicional, o deixou assustado, assim como a outros turistas:
- O que se pintava é que seria um caos. Parecia que teríamos de
comprar uma arma ao desembarcar por aqui, comparou. "Mas não foi nada
disso".
O ex-jogador circulou por diferentes cidades, sendo visto em jogos da
Seleção da Argentina e de outras equipes. Ele não deixou de ser vaiado,
algumas vezes, pelo público, em ofensas que faziam referência à sua
dependência química, enfrentada com um forte tratamento em Cuba. Por
outro lado, foi saudado pelo cânticos de "Maradona é melhor que Pelé"
entoados por milhares de argentinos que tomaram o País para acompanhar
sua Seleção. Certamente a maior torcida estrangeira presente na Copa, os
argentinos realizaram uma 'invasão' alegre e pacífica, premiada com a
disputa da final da Copa.
Pelé, por outro lado, saiu da cena da Copa desde a terça-feira 8.
Aquele deve ter sido talvez o dia mais triste da vida do "rei do
futebol". Naquela manhã, Edinho, seu filho, foi preso, em Santos,
condenado a 33 anos de reclusão por lavagem de dinheiro e associação ao
tráfico de drogas. À tarde, a equipe nacional sofreu a maior derrota de
toda a sua história. O rei vinha acompanhando pessoalmente todos os
jogos do Brasil no Mundial, mas agora está recolhido. Ele precisará ser
forte para superar a tragédia familiar.
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