As empresas que participaram do programa do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), voltado para as
oportunidades que a Copa do Mundo podia trazer aos negócios de pequeno
porte, no desenvolvimento de produtos e serviços, geraram, desde 2011,
quando ele foi criado, até o dia 30 de junho último, faturamento de R$
500 milhões.
A informação foi divulgada hoje (7) pelo presidente do Sebrae, Luiz
Barreto, durante coletiva no Centro Aberto de Mídia (CAM), no Forte de
Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. "Nós ainda temos a expectativa
de crescimento [do valor de faturamento] nesta reta final de Copa do
Mundo", disse.
Para Barreto, o resultado foi surpreendente. "É um programa super
positivo. Achávamos até que o balanço não seria desta magnitude",
avaliou acrescentando que os investimentos do Sebrae, nesses três anos,
com capacitações, rodadas de negócios, treinamentos dos integrantes das
empresas e em consultorias, ficaram em torno de R$ 90 milhões.
Desde o início do programa foram atendidas 43.910 empresas em cursos
ou em participações em rodas de negócio. Do total, 10 mil continuam
sendo acompanhadas pela entidade. "Isso foi muito importante, porque a
gente fidelizou ao longo do período um conjunto grande de empresas",
analisou. As atividades com maior destaque no programa do Sebrae,
segundo ele, foram a construção civil - antes da Copa -, turismo,
artesanato e serviços.
Barreto disse que foram abertas 19 lojas nas 12 cidades-sede do
Mundial, para a venda de artesanato, gastronomia e produtos típicos de
cada região. "Minas Gerais, por exemplo tem trabalhado o queijo e a
cachaça; a tapioca é no Nordeste", contou. As lojas são bancadas pelo
Sebrae, e possibilitam não só a venda de produtos, mas também os
contatos dos empresários e deixa um legado pós-Copa.
"Nós não trabalhamos com empresas que abriram para trabalhar apenas
nesses 30 dias [duração do Mundial]. A nossa ideia, desde o início, era
aproveitar empresas que podiam se desenvolver com mais oportunidades. O
legado é de empresas mais competitivas e com mais condições de enfrentar
o mercado", completou.
O presidente do Sebrae mostrou alguns casos de empresários que
passaram pelo programa e se deram bem. Mário Valle vendeu mais de uma
tonelada de tambaqui, em dias de jogos na Arena Amazônia e na Fan Fest
de Manaus. Aproveitando a ida de ingleses à cidade para acompanhar os
jogos da Copa, ele criou o Tambaqui de Pé, com inspiração no tradicional
prato britânico, Fish and Chips (peixe com batatas fritas). O tambaqui,
peixe característico da região, foi vendido empanado, em pedaços,
acompanhado de batata frita e servido em embalagens no formato de cones.
Para o empresário, isso facilitou a vida do consumidor, que pode se
alimentar e seguir nos deslocamentos pela cidade.(Agência Brasil)
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