Por Raul Jungmann
Enquanto a cidade do Recife está mergulhada em um grande déficit
habitacional, com milhares de pessoas ainda morando em palafitas ou
favelas, a Prefeitura brinca com o dinheiro do povo.
E ao contrário do que diz a voz oficial, os dados deixam poucas dúvidas em relação ao desperdício.
A Secretaria de Habitação gastou em 2013 mais com despesas correntes
(pessoal e outras despesas do dia a dia), do que com a construção de
habitações, que é a sua finalidade principal.
Foram pagos, segundo o Portal da Transparência da PCR, R$ 2,508 milhões
em despesas correntes, enquanto apenas R$ 2,353 milhões foram pagos em
obras e instalações. O único “investimento” de vulto feito pela
Prefeitura foi uma indenização de R$ 11 milhões paga à União.
Com isso, não é exagero dizer que cada casa popular fica 2 vezes mais
cara em função da burocracia, ou melhor, do apadrinhamento político, já
que na prática a Secretaria de Habitação da PCR só existe para dar lugar
a um suplente de vereador petista afilhado do ex-prefeito João da
Costa, aliado de primeira hora do atual prefeito Geraldo Júlio.
Raul Jungmann é vereador do Recife pelo PPS
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