247 – Ao
antecipar suas férias e deixar em aberto dois mandados de execução de
penas da AP 470, Joaquim Barbosa evidenciou suas falta de critério
objetivo no caso. É o que teriam dito três ministros do Supremo Tribunal
Federal em anonimato à Folha de S. Paulo.
Nesta segunda-feira, o presidente do
STF, Joaquim Barbosa, determinou o fim do julgamento para deputado João
Paulo Cunha (PT-SP) e a prisão imediata pelos crimes de corrupção e
peculato.
No entanto, o advogado Alberto
Zacharias Toron afirmou que seu cliente não se apresentou à Polícia
Federal porque ainda não foi expedida ordem de prisão por parte do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, Roberto Jefferson,
aquele que foi condenado sem direito a embargos e confessou ter
administrado um caixa dois de R$ 4 milhões, ainda goza da liberdade. Por
questão de saúde, ele pleita o direito de cumprir prisão em regime
domiciliar.
Para um dos ministros ouvidos pelo
jornal, apenas a exposição midiática do caso justifica a demora para a
expedição de mandados de prisão, reforçando a tese de que Barbosa tem
agido mais como candidato do que como juiz.
Outro ponto questionado por
ministros foi o show aéreo custeado com recursos públicos para levar
presos num avião da Polícia Federal a Brasília no dia 15 de novembro,
para que, depois, eles retornassem a seus estados de origem.
Joaquim Barbosa tem até março de
2014 para definir se será ou não candidato à presidência da República,
em 2014. Como a lei dá esse privilégio aos juízes, o mistério será
mantido até lá.
Como, no quadro atual, ele parece
ser o único nome capaz de garantir um segundo turno, o assédio tem sido
pesadíssimo. E é cada vez maior a convicção de que ele age como
candidato – não como juiz.
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