Agência Lusa (Pequim) – O comércio anual de bens da China passou a
marca dos US$ 4 trilhões pela primeira vez no ano passado, revelam as
estatísticas oficiais, confirmando a posição do país como o maior
comerciante em escala mundial.
Divulgados hoje (10) pela Administração Geral das Alfândegas chinesa,
os dados colocam um ponto final na dúvida sobre quem seria o país com
maior volume de negócios (China ou Estados Unidos). Por causa dos
diferentes métodos de cálculo entre os dois países, apenas em 2013 os
chineses superaram os norte-americanos na troca de bens. A conta exclui o
comércio de serviços.
“É muito provável que a China tenha suplantado os Estados Unidos como
o país com mais trocas comerciais de bens em 2013 pela primeira vez”,
disse o porta-voz da Administração Geral das Alfândegas chinesa, Zheng
Yuesheng.
As exportações da segunda maior economia mundial subiram 7,9%, para
US$ 2,21 trilhões, enquanto as importações aumentaram 7,3%, para US$
1,95 trilhão, de acordo com a mesma fonte, o que coloca o superávit
comercial da China em US$ 259,7 bilhões, 12,8% a mais do que em 2012.
O volume total de bens comercializados entre a China e outros países
ficou em US$ 4,16 trilhões, o que representa uma subida de 7,6%,
ligeiramente abaixo da meta das autoridades chinesas, que apontava para
um aumento de 8%. O comércio entre a União Europeia (UE) e a China
aumentou 2,1% em 2013, para mais de US$ 559 bilhões, mantendo os
europeus como o maior parceiro comercial de Pequim.
Os Estados Unidos figuram em segundo lugar entre os parceiros
comerciais da China, com trocas de US$ 521 bilhões, 7,5% a mais do que
em 2012. Os norte-americanos, porém, importaram mais da China do que a
União Europeia. O superávit comercial da China com os Estados Unidos é
também muito mais elevado: US$ 215,8 bilhões, segundo as estatísticas
chinesas.
As exportações chinesas para os EUA somaram US$ 368,4 bilhões, US$
29,4 bilhões a mais do que a China vendeu à União Europeia. No mesmo
período, a China importou US$ 220,1 bilhões da UE, US$ 67,5 bilhões a
mais do que a China comprou dos norte-americanos. Em média, o comércio
entre a China e os seus dois maiores parceiros soma quase US$ 3 bilhões
por dia.
Com o Japão, que era o terceiro parceiro comercial da China, mas
cujas relações têm sido afetadas pela polêmica em torno de duas ilhas no
Oceano Pacífico, o comércio bilateral em 2013 caiu 5,1%, para US$ 312,5
bilhões. O lugar do Japão é agora ocupado pelos dez estados da Asean
(Associação das Nações do Sueste Asiático), com US$ 443,6 bilhões, 10,9%
a mais do que em 2012.
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