BLOG DE RENATO RIELLA
A
presidente Dilma administra a própria imagem diariamente e consegue
permanecer em curva ascendente nas pesquisas de opinião. Acredite: ela
pode mesmo ganhar a eleição de 2014 em primeiro turno diante de qualquer
adversário, segundo as últimas avaliações. Aécio
Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) não conseguiram descobrir um
discurso para abalar Dilma. Minuto a minuto ela muda de estratégia e
deixa os dois doidões.
Agora há a perspectiva de
aumento dos combustíveis em dezembro. É uma jogada genial. Por um lado,
desde já, a Petrobras começa a sentir os efeitos positivos da medida,
com a valorização das suas ações.
Além disso, o aumento da
gasolina vai equilibrar as contas dessa grande empresa, que hoje importa
combustível com prejuízo, diante do preço baixo do produto vendido no
mercado brasileiro.
No entanto, a maior
esperteza é aumentar a gasolina somente em dezembro, quando o impacto no
índice de inflação do ano de 2013 será limitado.
Dilma fecha o ano com
inflação abaixo de 6%, o que é suportável, e perspectiva de crescimento
do PIB em 2,5%, o que é mais do que o resultado obtido pelas grandes
nações.
Mesmo assim, há uma maré
interna e externa de pessimismo, num viés quase catastrófico, que não
combina com um país (o Brasil) que tem quase US$ 400 bilhões de reservas
internacionais.
Só para comparar, quando
FHC lançou o Plano Real, em 1994, comemorou com grande estilo o nível de
reservas em US$ 25 bilhões. Hoje temos 15 vezes mais, o que nos dá
força na economia mundial.
Há o déficit das contas
públicas, que foi assumido por Dilma de forma premeditada. O
investimento social nas bolsas, a desoneração da cesta básica e do
transporte coletivo, entre outras medidas, fizeram grande parte dos
brasileiros sair da zona da miséria.
Além do mais, o Brasil
fecha 2013 com um dos índices de desemprego menor do mundo (abaixo de
6%) e com a situação política mais equilibrada, pois os protestos só
devem voltar pra valer em 2014.
Para completar, Dilma foi
inteligente de não se comprometer com a turma do Mensalão. E pode dizer
que imprimiu um tom tão democrático ao país que a cúpula do seu próprio
partido foi para a cadeia, sem o regime pestanejar.
O Brasil hoje vive dominado por analistas econômicos que não conseguem ver o todo.
E o todo pode reeleger Dilma em primeiro turno, se não houver nenhum tsunami. Mas qual? Qual?
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