O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou se sentir
“extremamente desconfortável” diante de eventual aliança entre seu
partido e o PSDB, sinalizada pelo encontro da noite desta quinta-feira
(29) entre Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), presidentes
nacionais das siglas.
De acordo com a Folha de São Paulo deste sábado (31), Cid é, no PSB, o
principal nome de oposição à candidatura de Campos à Presidência no
próximo ano e defende que o partido apoie a reeleição da presidente
Dilma Rousseff (PT).
Apesar de ter considerado “natural” o encontro entre homens públicos,
Cid se disse preocupado com o simbolismo da reunião. “O PSDB é um
partido de oposição a um governo de que nós fazemos parte.
Confraternizar com isso é sinalizar que talvez se cogite essa
possibilidade de o PSB ser linha auxiliar do PSDB [em 2014] e isso me
preocupa. Eu sinceramente fico extremamente desconfortável com essa
possibilidade”, disse.
O governador critica a possibilidade de os dois partidos dividirem
palanque em 2014. “Duplo palanque é coisa de quem não tem posição. Quem
tem duas posições, não tem nenhuma”, comentou. A insatisfação de Cid
ficou evidente quando o governador cearense publicou uma mensagem no seu
perfil do Tiwtter na última sexta: “Linha auxiliar do PSDB. Será esse o
papel do PSB em 2014?”.
O governador cearense se mantém irredutível na posição contrária à
candidatura própria e não dá sinais de que possa apoiar Campos.
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