Com
seu Governo a reboque da Operação Lava Jato, o presidente Michel Temer
(PMDB) age em várias frentes para tentar minimizar o impacto das
delações premiadas da empreiteira Odebrecht que começaram a vazar no fim
de semana e o colocaram no centro do escândalo que desviou bilhões de
reais da Petrobras. Desde domingo, ele e seus auxiliares mais próximos
têm atuado para armar uma operação delicada: assegurar o apoio do PSDB, o
principal partido de apoio ao Planalto, sem melindrar o Centrão, o
bloco de siglas médias que foi decisivo no impeachment. Tudo isso
enquanto tentam enviar uma resposta à opinião pública sobre as
denúncias.
No
front político, o presidente tenta segurar o apoio de seu principal
aliado, o PSDB, oferecendo aos tucanos uma reformulada Secretaria de
Governo para ajudá-lo na condução política. Até o fim desta semana, o
deputado baiano Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, deverá ser
nomeado para o ministério que até o mês passado pertencia ao seu
conterrâneo Geddel Vieira Lima, o peemedebista ligado a Temer que deixou
a função sob a suspeita de misturar interesses privados com os
públicos.
Ao
mesmo tempo, o presidente tem se aproximado do Centrão, o grupo criado
há pouco mais de três anos pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
e que hoje tem cerca de 170 deputados federais.
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