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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Refém da Lava Jato, Temer entrega governo ao PSDB e Centrão

El País: Afonso Benites
Com seu Governo a reboque da Operação Lava Jato, o presidente Michel Temer (PMDB) age em várias frentes para tentar minimizar o impacto das delações premiadas da empreiteira Odebrecht que começaram a vazar no fim de semana e o colocaram no centro do escândalo que desviou bilhões de reais da Petrobras. Desde domingo, ele e seus auxiliares mais próximos têm atuado para armar uma operação delicada: assegurar o apoio do PSDB, o principal partido de apoio ao Planalto, sem melindrar o Centrão, o bloco de siglas médias que foi decisivo no impeachment. Tudo isso enquanto tentam enviar uma resposta à opinião pública sobre as denúncias.
No front político, o presidente tenta segurar o apoio de seu principal aliado, o PSDB, oferecendo aos tucanos uma reformulada Secretaria de Governo para ajudá-lo na condução política. Até o fim desta semana, o deputado baiano Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, deverá ser nomeado para o ministério que até o mês passado pertencia ao seu conterrâneo Geddel Vieira Lima, o peemedebista ligado a Temer que deixou a função sob a suspeita de misturar interesses privados com os públicos.
Ao mesmo tempo, o presidente tem se aproximado do Centrão, o grupo criado há pouco mais de três anos pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que hoje tem cerca de 170 deputados federais.

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