Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo
Se há alguém que merece integralmente toda a desmoralização, toda a desgraça trazidas pela delação da Odebrecht é ele.
Aécio. Aécio Neves. Ou o Mineirinho, seu codinome na lista. (Raras vezes um diminutivo caiu tão bem.)
O maior responsável pelo caos imposto pela plutocracia aos brasileiros é exatamente ele.
Aécio. Aécio Neves. o Mineirinho.
O marco zero do golpe foi sua recusa criminosa em aceitar que fora derrotado por Dilma.
Faltou-lhe a dignidade de um telefonema para cumprimentar a adversária vitoriosa.
Em vez disso, liderou uma louca cavalgada de golpistas em
busca de pretextos delirantes para anular os 54 milhões de votos de
Dilma e, assim, ceifar uma jovem e florescente democracia de 30 anos.
É irônico ver as consequências para Aécio de sua maldade.
Tivesse ele admitido a derrota, sairia da campanha de 2014 com um enorme cacife de 50 milhões de votos.
Seria imediatamente um fortíssimo candidato a ganhar as eleições de 2018.
Mas não. Foi guloso. Foi ganancioso. Foi apressado. Principalmente: foi desonesto.
O resultado está aí.
Um potencial futuro presidente virou um morto vivo.
Aécio. Aécio Neves. O Mineirinho.
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