O
projeto contra o abuso de autoridade, que voltou a ser priorizado pelo
presidente do Senado, Renan Calheiros, tem boa chance de aprovação,
porque há um incômodo político do PMDB e do governo com a delação de
Cláudio Mello Filho, executivo da Odebrecht. O PMDB e o governo
suspeitam que o Ministério Público vazou a delação de Melo Filho em
retaliação àquela decisão do Supremo Tribunal Federal na semana passada
que manteve Renan no comando do Senado.
A
aprovação desse projeto funcionaria como uma resposta da classe
política contra o que seriam excessos da Lava Jato. Mas, nessa briga,
todos podem sair perdendo se o projeto contra abuso de autoridade, que
tem qualidades e que atualizaria uma lei de 1965, for usado como uma
forma de vingança.
Sinal de alerta
O
placar de 53 votos a favor da PEC do Teto no Senado serve como um sinal
de alerta para o governo Temer. Em duas semanas, houve uma piora no
clima político.
A
margem de segurança do governo caiu de 12 para apenas 4 votos para
aprovar emendas constitucionais, que exigem 49 votos no Senado. Isso
pode atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência.
Mas
é inegável que foi uma vitória importante do presidente Michel Temer.
Ele aprovou a principal medida proposta pela equipe econômica para
tentar equilibrar as contas públicas no médio e longo prazo.
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