O
presidente Michel Temer abre na terça-feira (20) a 71ª Assembleia Geral
da Organização das Nações Unidas (ONU) – desde 1947, o representante
brasileiro faz o discurso inaugural na assembleia. Em entrevista ao The Wall Street Journal (WJS)
publicada na quinta-feira (15), Temer procurou convencer os
investidores de que a crise política está sendo superada e agora o país
está pronto para receber investimentos.
O
título da matéria do periódico americano, que representa os interesses
do mercado financeiro, é significativo: "President Michel Temer
declares Brazil open for business" (presidente brasileiro declara o Brasil aberto a negócios, em tradução livre).
A
entrevista original, a primeira do presidente que chegou ao poder pelo
golpe que depôs a presidenta eleita, Dilma Rousseff, pode ser lida aqui.
O
jornal, porém, frisa que o governo Temer ainda está longe de se
consolidar e que lida com altos índices de impopularidade. "Se o senhor
Temer é o homem para restaurar a calma à política tensa e tumultuada do
Brasil permanece uma questão em aberto. Em suas primeiras semanas no
cargo, ele foi recebido com manifestações de rua hostis em várias
grandes cidades e repetidamente vaiado em aparições públicas", diz o
WSJ.
Temer
é tratado pelo jornal como um político "que passou boa parte de sua
carreira política trabalhando nos bastidores" e que é visto "visto com
desconfiança por muitos brasileiros, já irritados com as medidas de
austeridade defendidas por um homem que não elegeram como presidente."
Diz
ainda que a rejeição a seu governo, aliada ao acirramento da conjuntura
política que resultou de sua chegada ao poder "poderiam minar seu
desejo de ser visto como um unificador."
Por
fim, Temer afirma ao WSJ que está em curso no Brasil uma campanha para
"conscientizar" eleitores das necessidades de "medidas dolorosas", como a
reforma da Previdência, o limite de gastos públicos etc.
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