Militar aparece ao lado de grupo detido. PM não cita seu paradeiro e nega saber de ação de inteligência
El País - Mariana Rossi
O
envolvimento de um capitão do Exército com um grupo de manifestantes
anti-Temer que acabaria detido em São Paulo segue deixando várias
perguntas em aberto. Enquanto o Exército informa apenas que "as
circunstâncias estão sendo apuradas", a Polícia Militar de São Paulo diz
que "não conhece" Willian Botelho Pina, apontado pelos manifestantes
como um "infiltrado" que planejou a emboscada do grupo.
Pina
aparece em imagens sendo revistado pela polícia ao lado dos demais
detidos no domingo, dia 4, na região central de São Paulo, mas foi o
único a não ter sua prisão registrada. Questionada sobre o paradeiro do
homem, a Secretaria de Segurança do Estado não havia respondido até a
publicação desta reportagem. Botelho, que nas redes sociais era Balta
Nunes, apresentou diferentes versões no domingo depois da revista no
Centro Cultural São Paulo
Na
nota lançada no sábado, o comando da segurança do Governo Alckmin
(PSDB) disse que a Polícia Militar "desconhece qualquer ação de
inteligência que tenha sido realizada por outro órgão de segurança". Na
mesma nota, o Deic, da Polícia Civil, "garante que todos os detidos
apresentados no departamento foram qualificados no boletim de
ocorrência", deixando um hiato sobre o que teria acontecido entre a
revista e a chegada à delegacia.
Continue lendo: Por que a polícia não prendeu o militar apontado como infiltrado?
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