Filiado
ao PSB desde 1986, o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque, 51, tem
trajetória de afinidade com o agronegócio. Empresas do ramo estiveram
entre as principais doadoras de suas últimas duas campanhas.
Com base eleitoral no
noroeste gaúcho, onde a agricultura sustenta a economia, ele defendeu
interesses de cerealistas e empresas de celulose no Congresso.
Conseguiu, por exemplo, uma linha de financiamento do BNDES para
armazenagem de grãos e atuou contra uma restrição ambiental a plantações
em áreas de elevada altitude.
No início do primeiro
mandato de Lula, quando foi vice-líder do governo, trabalhou pela edição
de medida provisória que liberaria o plantio de soja transgênica.
Naquela época, Marina era ministra do Meio Ambiente e criticava a
iniciativa.
Na eleição de 2010,
companhias de sementes, beneficiadoras de grãos e empresas como a
Celulose Riograndense e a Klabin compuseram metade das receitas do
deputado gaúcho na campanha.
A proliferação de plantações de eucaliptos é um tema caro a ambientalistas locais.
As últimas campanhas de
Albuquerque também receberam contribuições de uma empresa de defensivos
agrícolas, de uma indústria de armas e de uma cervejaria. (Da Folha de
S.Paulo - Felipe Bachtold)
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