Bancários de Pernambuco decidiram, em assembleia realizada na noite
desta quinta-feira (1º), decretar greve. A categoria, representada pelo
Comando Nacional dos Bancários, não aceitou a proposta de reajuste
salarial de 6,5% com um abono de R$ 3 mil apresentada pela Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) na quarta rodada de negociação da campanha
salarial 2016. Os funcionários cruzam os braços a partir da próxima
terça-feira (6).
A categoria pede reajuste de 14,78%, o que representa a reposição da
inflação mais ganho real de 5%. Já o índice proposto pela Fenaban não
compensa a inflação deste ano. “Os banqueiros lucraram muito, mesmo na
crise. Mas, agora, na hora de dividir os lucros com os trabalhadores,
querem oferecer um reajuste menor que a inflação em três pontos
percentuais. Não vamos aceitar, porque a inflação está alta e nosso
salário, defasado”, afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários de
Pernambuco, Suzineide Rodrigues.
Contra argumentação
A Fenaban alegou, por sua vez, que “somados, o abono e o reajuste
representarão ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande
maioria dos funcionários do sistema bancário”. Segundo os cálculos da
federação, a proposta representa um aumento de 15% para os empregados
com salário de R$ 2,7 mil. Já o sindicato lembra que o abono será pago
uma única vez.
Os bancários reclamaram também que a federação que representa os
bancos brasileiros não apresentou propostas de melhorias nas áreas de
saúde e igualdade de oportunidades de emprego. A segurança, que tem
preocupado os profissionais pernambucanos em vista da onda de investidas
criminosas contra as agências do interior, também não foi discutida.
Segundo Suzineide, caso o reajuste de 6,5% se concretize, será a
primeira vez em 13 anos que os bancários não receberão ganho real. No
ano passado, a categoria já paralisou suas atividades por mais de 20
dias. O movimento incomodou muitos brasileiros, mas acabou com a
conquista de um reajuste salarial de 10%.
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