247, com Agência Senado - A senadora Gleisi Hoffmann
(PT-PR) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) discutiram no plenário do
Senado nesta segunda-feira 6, um dia depois da convenção do PSDB em que
tucanos defenderam que a presidente Dilma Rousseff deixe o governo.
Gleisi acusou o partido de adotar uma postura "golpista" e de "criar
um clima" para desestabilizar o governo Dilma. Ela rebateu as acusações
de que o país estaria sem rumo, desgovernado. E acrescentou que não
merecem prosperar quaisquer tentativas de afastamento da presidente
Dilma.
A petista lamentou que tudo isso ocorra ininterruptamente, desde a
eleição de 2014, o que mostra que a oposição ainda não aceitou os
resultados das urnas.
"Não dá para este país viver numa situação como esta. Essa balbúrdia
política de querer ganhar a qualquer custo, de querer tirar a presidenta
Dilma da Presidência da República não serve ao desenvolvimento do país,
não serve à sua estabilidade, não serve ao fortalecimento das suas
instituições. Nós estamos num país democrático. Dispute-se a eleição,
ganhe-se na eleição. Mas não o golpe; o golpe nós não podemos aceitar",
afirmou.
O senador Aloysio Nunes reagiu: "Eu sou um senador da oposição. Você
chamou a oposição de golpista. Estou contestando". A ex-ministra da Casa
Civil respondeu: "Não lhe chamei de golpista. Vossa excelência vestiu a
carapuça".
Em seu discurso, Gleisi reconheceu que o país atravessa
um momento de dificuldade econômica, mas nada comparável à situação de
outros países, como a Grécia. Mesmo com a perda de postos de trabalho e a
pressão inflacionária, a senadora acredita que o país tem capacidade de
reverter essa situação por causa de suas condições macroeconômicas.
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