O jogo sujo da Lava Jato está cada vez mais evidente.
Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de
imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já
sabia.
A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as
próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores.
Leiam esse trecho de post do blog do Fausto (que a mídia, naturalmente, já escondeu):
"Frequentemente as expressões que constam na declaração são as
utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente",
afirmam. "A ordem das informações no termo não corresponde àquela com
que foram expostas na fala. Há constantes saltos para a complementação
de informações anteriores. Essa superposição de informações ditas em
momentos diferentes causa confusão e, além de distorcer o sentido
original do relato, torna difícil a compreensão do conteúdo da fala do
declarante."
Ainda segundo os advogados da OAS "houve frequente omissão de informações e detalhamentos importantes nas transcrições".
Citam como exemplo. "Diversos detalhes sobre os participantes dos
consórcios narrados no começo das declarações não aparecem no termo.
Muitas vezes a transcrição deturpa o sentido da fala: Exemplo:
perguntado se houve direcionamento entre as empresas que participaram da
licitação no Consórcio Interpar, Júlio Camargo responde 'que eu saiba
não', mostrando convicção na negativa. No entanto, o termo que consta é
'desconhece se houve ou não direcionamento', que não permite perceber a
convicção manifestada pelo depoente na fala."
Viram? Vou repetir uma frase, porque ela confirma uma série de especulações que fazemos há tempos:
Frequentemente as expressões que constam na declaração são as
utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente",
afirmam
A acusação dos advogados chancela o que muitos outros indícios
mostram: a Lava Jato está, no mínimo, inteiramente viciada pela obsessão
política das autoridades que a compõem. Repare que falei "mínimo". Mas
também reforça o que, para mim, já ficou claro: trata-se de mais um
triste episódio desta era de conspirações midiatico-judiciais, onde a
intenção não é apurar a verdade, mas tão somente extrair fatos que
possam ser usados pela mídia para desgastar, de alguma maneira, o
governo Dilma. Ou seja, não é uma investigação séria, é um dos
tentáculos deste golpe insidioso, que visa derrubar uma presidente
eleita pelo voto de 54 milhões de brasileiros.
O que é uma pena, porque sabemos que houve corrupção efetiva. Só que,
ao invés de investigarem com profissionalismo e discrição, as
autoridades da Lava Jato decidiram transformá-la num circo midiático,
intoxicando-a com seus objetivos e preconceitos políticos.
***
Aqui a íntegra da matéria.
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