A
presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quarta-feira 8 com o
presidente da Rússia, Vladimir Putin, na cidade russa de Ufá, capital do
Bascortostão, onde ocorrerá a VII Cúpula dos Brics. Putin ofereceu um
jantar em homenagem aos chefes de Estado e de governadores dos Brics. O
último encontro do grupo, que compõe os países emergentes Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul, foi em novembro de 2014, em
Brisbane, na Austrália. Na agenda prioritária deste encontro está o
acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics ou Banco do
Brics, que entrou em vigor na última semana. Os líderes discutirão
detalhes sobre o funcionamento da nova instituição.
O
banco terá sede em Xangai, na China, e será presidida pelo banqueiro
indiano K. V. Kamath, tendo como vice o economista brasileiro Paulo
Nogueira Batista Junior.
O
banco, que começa a operar no ano que vem, terá capital inicial de US$
50 bilhões, divididos em partes iguais entre os membros. Com ele, os
países-membros do Brics esperam reduzir o domínio do FMI e do Banco
Mundial sobre o sistema financeiro global e criar espaço para outras
moedas, além do dólar americano, no comércio internacional. A
instituição financiará projetos de infraestrutura nos países do Brics,
mas as operações podem ser estendidas a países em desenvolvimento que
desejem fazer empréstimos.
O
NDB foi criado em julho do ano passado, na última reunião do Brics, em
Fortaleza. Na ocasião, também foi lançado o Arranjo Contingente de
Reservas (CRA na sigla em inglês), no valor de US$ 100 bilhões, dos
quais US$ 41 bilhões virão da China. O Brasil, a Rússia e a Índia
contribuirão com US$ 18 bilhões cada e a África do Sul aportará US$ 5
bilhões.
A
cúpula também servirá para discutir ações de cooperação econômica e
comercial entre os países do bloco, englobando setores como energia e
infraestrutura. O Brics representa um quinto da economia mundial e 40%
da população do planeta.(Do blog de Magno Martins)
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