Entre
os três ministros do TSE que são considerados alinhados com o governo, a
posição em torno da cassação de Dilma e Temer é até mais rígida. Acham
que o depoimento do delator deve ser relativizado ao máximo, caso ele
não apresente provas cabais de que colaborou irregularmente para a
campanha eleitoral de Dilma. Lembram
que o empreiteiro deu recursos também para a chapa de Aécio Neves e do
vice, Aloysio Nunes Ferreira, que foi inclusive citado na lista dos que
receberam dinheiro irregularmente da UTC. Ele nega. A informação é de
Mônica Bergamo, na sua coluna da Folha de S.Paulo desta sexta-feira.
Para
a colunista, a possibilidade de Dilma Rousseff e Michel Temer serem
cassados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é tida como
extremamente complexa até por ministros tradicionalmente contrários à
presidente e que integram a corte. Uma decisão tão drástica, tomada por
um colegiado de apenas sete juízes, poderia ser encarada como um "golpe
paraguaio", nas palavras de magistrado considerado crítico ao governo.
Em
2012, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi afastado do cargo
por votação do Legislativo endossada em poucas horas pelo tribunal
eleitoral do país. A repercussão internacional foi péssima, com a
condenação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA
(Organização de Estados Americanos).
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