Durante
a recente visita a Washington, a presidente Dilma Rousseff recebeu de
Barack Obama, presidente dos EUA, uma série de documentos sobre a
ditadura militar brasileira que deixaram de ser sigilosos. Os papéis
mostram que as autoridades americanas receberam informações sobre mortos
e desaparecidos antes mesmo que as famílias das vítimas aqui no Brasil.
O
jornal “Folha de S.Paulo” trouxe hoje reportagem sobre três mortos pela
ditadura cujos restos mortais até hoje continuam desaparecidos: o
deputado Rubens Paiva e os militantes de esquerda Stuart Edgar Angel
Jones e Virgílio Gomes da Silva.
Enquanto
as famílias brasileiras recebiam mentiras como resposta sobre a prisão,
tortura e morte dessas pessoas, autoridades americanas já eram
informadas sobre o que havia acontecido.
Uma
autoridade americana chega, no caso de Rubens Paiva, a recomendar que
um diplomata dos Estados Unidos pressione o governo brasileiro a punir
responsáveis pela morte do deputado.
A
importância desses documentos é desnudar a política das Forças Armadas
de esconder informações e provas sobre o que aconteceu na ditadura.
Os
papéis liberados pelos EUA reforçam a suspeita de que é mentirosa a
versão de que documentos foram destruídos e desapareceram. Reforçam a
suspeita de que, até hoje, setores das Forças Armadas se recusam a
ajudar a elucidar um dos capítulos mais tristes da nossa história.
É algo que deve envergonhar os apoiadores da ditadura e os que tentam justificá-la. (Leandro Mazzini - Coluna Esplanada)
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