sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ditadura: americanos sabiam de tudo , nós nada



Durante a recente visita a Washington, a presidente Dilma Rousseff recebeu de Barack Obama, presidente dos EUA, uma série de documentos sobre a ditadura militar brasileira que deixaram de ser sigilosos. Os papéis mostram que as autoridades americanas receberam informações sobre mortos e desaparecidos antes mesmo que as famílias das vítimas aqui no Brasil.

O jornal “Folha de S.Paulo” trouxe hoje reportagem sobre três mortos pela ditadura cujos restos mortais até hoje continuam desaparecidos: o deputado Rubens Paiva e os militantes de esquerda Stuart Edgar Angel Jones e Virgílio Gomes da Silva.
Enquanto as famílias brasileiras recebiam mentiras como resposta sobre a prisão, tortura e morte dessas pessoas, autoridades americanas já eram informadas sobre o que havia acontecido.
Uma autoridade americana chega, no caso de Rubens Paiva, a recomendar que um diplomata dos Estados Unidos pressione o governo brasileiro a punir responsáveis pela morte do deputado.
A importância desses documentos é desnudar a política das Forças Armadas de esconder informações e provas sobre o que aconteceu na ditadura.
Os papéis liberados pelos EUA reforçam a suspeita de que é mentirosa a versão de que documentos foram destruídos e desapareceram. Reforçam a suspeita de que, até hoje, setores das Forças Armadas se recusam a ajudar a elucidar um dos capítulos mais tristes da nossa história.

É algo que deve envergonhar os apoiadores da ditadura e os que tentam justificá-la.  (Leandro Mazzini - Coluna Esplanada)

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