Do Blog Jamildo
Logo depois que o avião de Eduardo
Campos caiu em Santos, no litoral de São Paulo, a imprensa nacional
tentou localizar os donos da empresa Lopes e Galvão Ltda, que pagou à
Líder Táxi Aéreo todas as despesas de apoio em solo do jato usado por
Eduardo Campos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na véspera
do acidente.
O serviço foi executado pouco antes da
decolagem do jatinho Cessna prefixo PR-AFA, que caiu em Santos matando
Campos e outras seis pessoas de sua campanha. O atendimento
aeroportuário prestado pela Líder incluiu o oferecimento de uma sala
vip, embarque dos passageiros, bagagem e transporte terrestre dentro do
aeroporto.
A empresa inicialmente havia fornecido
como sede o endereço de uma escola, em Campinas (SP). No endereço
apresentado pela Lopes e Galvão funciona uma escola de educação
infantil. Marília Priscila Galvão, sócia-fundadora da escola, disse aos
jornais nacionais que o primeiro nome do estabelecimento, fundado em
1991, foi de fato Lopes e Galvão Ltda. Marília se disse surpresa de ver o
nome Lopes e Galvão envolvido com pagamento de despesas de avião.
Perguntada se tem algum vínculo com a AF Andrade, a operadora do avião
no qual viajava Campos, Marília negou. Marília recorreu a seu contador
para chegar à conclusão de que o nome da empresa pode ter sido usado
indevidamente por terceiros.
Na época, a Líder Táxi Aéreo confirmou
aos jornais nacionais que fez o apoio de solo no Santos Dumont, mas se
recusou a informar quem arcou com os custos, alegando se tratar de
assunto confidencial celebrado em contrato.
Teoricamente, quem deveria arcar com os
custos e serviços deveria ser a AF Andrade Empreendimentos e
Participações Ltda, que arrendou a aeronave. Oficialmente, o avião
pertencia à Cessna Finance Export Corporation e era operada pela empresa
privada AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, por meio de
arrendamento operacional (leasing), como consta no Registro Aeronáutico
Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Avião Civil (Anac). Na prática, o
avião era utilizado por três empresários pernambucanos, que teriam
emprestado o avião para a campanha do PSB.
Empresa de serviços gerais
Na verdade, a empresa Lopes e Galvão,
que se dedica a serviços gerais, não tem registro na Junta Comercial de
Pernambuco (Jucepe) – apenas no cartório de São Lourenço da Mata -, e
funciona na casa simples do dono, na periferia da cidade da Copa, em
Tiúma.
O dono da Lopes & Galvão, que chegou
a trabalhar na Usina Tiúma, conhece e já prestou serviço para Apolo
Santana Vieira, dono da Bandeirantes Pneus, que assumiu em nota oficial
ter tentado comprar a aeronave, antes do acidente. Junto com o
empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Júnior e outro empresário,
Eduardo Freyre Bezerra Leite, conhecido como Eduardo Ventola.
Seria um novo laranja?
O empresário diz que não tem nada a ver com empresas fantasmas.
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