247 - No
universo paralelo das Organizações Globo, o Brasil está mergulhado numa
profunda crise econômica – ainda que o desemprego seja o mais baixo da
história.
Na coluna de Miriam Leitão, no
jornal O Globo, um "espectro" ronda o País. Trata-se da possibilidade de
rebaixamento do risco-Brasil, o que já foi negado pelas próprias
agências internacionais (leia aqui).
Na revista Época, também das
Organizações Globo, o colunista Guilherme Fiúza adentra na economia e
condena o que chama de "picaretagem" do ministro Guido Mantega, que
seria o anúncio do superávit fiscal cumprido em 2013 (leia aqui).
Também no Globo, um editorial, que
expressa a opinião dos donos, transmite a ideia de que o Brasil vai tão
mal, mas tão mal, que não pode mais elevar o salário mínimo (leia aqui).
Os Marinho, portanto, estão
"nervosinhos". E como estão "nervosinhos" decidiram intensificar sua
guerra psicológica contra o governo Dilma.
Mas qual seria o motivo? Estariam perdendo dinheiro? Tendo concessões cassadas?
Nada disso. O ranking dos
bilionários da Bloomberg, divulgado em janeiro deste ano, revela que os
três herdeiros de Roberto Marinho – Roberto Irineu, João Roberto e José
Roberto – se tornaram ainda mais ricos em 2013. O patrimônio somado do
trio alcançou nada menos que US$ 23,5 bilhões – o que os coloca como a
família mais rica do Brasil e uma das mais prósperas do mundo, graças a
um quase monopólio midiático que extrai mais de 99% de suas receitas
aqui (confira aqui a lista dos bilionários).
Há, portanto, um paradoxo. Se estão tão ricos, e ficando cada vez mais ricos, por que estão tão nervosinhos?
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