Brasília 247 – Após investigação internacional, a
Justiça da Suíça bloqueou US$ 6,8 milhões de contas secretas de Genebra
e Zurique por suspeitas de que o dinheiro esteja ligado ao esquema de
corrupção do Distrito Federal, chamado de mensalão do DEM.
As autoridades do país entraram no caso em setembro de 2012 por
pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR denunciou ao Superior
Tribunal de Justiça 37 pessoas por envolvimento no esquema de desvio de
dinheiro público. Entre os acusados estão o ex-governador do Distrito
Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octávio, ambos
filiados na época ao DEM.
O delator do esquema foi Durval Rodrigues Barbosa, que era secretário
do governo Arruda no Distrito Federal, entre 2007 e 2010. Ele também
está entre os denunciados, mas poderá ser beneficiado por ter revelado
os desvios de dinheiro.
Segundo o documento da Justiça da Suíça, divulgado pelo Estado de S. Paulo, uma pessoa identificada aleatoriamente pela letra “H” abriu pelo menos duas das nove contas sob suspeita, ambas em Genebra.
"Com o objetivo de estabelecer novas relações comerciais com o
governo do Distrito Federal e ou de manter as relações já existentes, H
teria dado vantagens financeiras a J, então governador do Distrito
Federal e seus cúmplices, retirando um porcentual do montante das
faturas pagas pelo governo do DF às empresas de seu grupo", diz trecho
do documento.
A Justiça do país europeu diz ainda no texto que "entre 2006 e 2010
sua sociedade teria recebido mais de R$ 45 milhões do governo do
Distrito Federal. O “H” é acusado ainda de ter, entre fim de 2005 e
início de 2006, financiado a campanha eleitoral de J no valor de R$ 1
milhão, em troca de promessas de futuros contratos dados pelo governo do
DF às sociedades de seu grupo". "No fim de 2006, H teria obtido um
contrato de cerca de R$ 9,8 milhões em favor de sua sociedade".
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