quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Governo quer implantar regime de quartel nas prisões maranhenses



O Governo do Maranhão quer reverter a crise de segurança no sistema prisional com mão de ferro. O instrumento para isso é o Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), que pretende implementar um regime de quartel dentro das cinco prisões que assumiu após o descontrole, com revistas nas celas até três vezes por dia. Agentes penitenciários afirmam que a ação só ocorre para compensar a falta de regras que dominou o sistema nos últimos anos.

"Se você manda o preso colocar a mão para cima, ele tem de colocar a mão para cima. Eles têm de aprender a respeitar regras de novo", diz o comandante do batalhão, Raimundo Nonato de Sá. Segundo ele, também há viaturas do batalhão fazendo a ronda ao redor dos presídios permanentemente.

A ação da Polícia Militar nos presídios maranhenses teve início no dia 27 de dezembro de 2013, após um ano em que as mortes no Complexo de Pedrinhas chegaram a 60, mais do que o índice dos 12 meses em várias cidades do país. A polícia cobre um buraco causado pela falta de agentes penitenciários.
De acordo com o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão, nos últimos dois anos, o Governo do Estado vem criando mais regalias para os presos. Entre elas, a falta de controle das visitas, o que já levou a um esquema pelo qual os presos cobravam dívidas de outros detentos por meio de sexo com suas companheiras.

Após a Polícia Militar assumir o local, a regra em relação a visitas mudou. Agora, só parentes de primeiro grau e mulheres dos presos podem visitá-los.
O Estado de S. Paulo.

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