Os corpos dos 33 detentos mortos na Penitenciária Agrícola de Monte
Cristo, em Roraima, foram identificados e liberados para os familiares,
informou o governo na manhã de hoje.
Ao todo, 31 presos morreram na madrugada de sexta-feira (6) na
penitenciária que fica localizada na zona rural da capital. Após uma
varredura, outros dois corpos foram encontrados enterrados na mesma
unidade na tarde de sábado (7). Eles foram identificados como Erismar
Duran da Silva e Jaime da Conceição Pereira.
Presos são liberados após massacre
Neste domingo (8), 161 detentos do semiaberto foram liberados para
pernoitar em suas próprias casas por ordem dos juízes Marcelo Oliveira e
Suelen Alves. Na decisão, eles alegaram que os presos, que cumpriam
pena no Centro de Progressão de Pena (CPP), estavam sendo ameaçados de
morte.
O pedido foi feito pela Comissão de Direitos Humanos Ordem do
Advogados do Brasil em Roraima e teve como base um documento do diretor
do CPP, Wlisses Freitas, o qual descreve a "impossibilidade de garantir a
segurança dos presos e dos servidores que trabalham no CPP". O
documento também foi assinado por 23 detentos, que denunciaram serem
ameaçados de morte constantemente.
"Tendo em vista o massacre do último dia 6 na Pamc e das constantes
fugas de internos, os denunciantes relatam que estão sofrendo ameaças de
morte diariamente. As ameaças são externas e de facções do crime
organizado(...). A estrutura física do CPP não oferece a mínima
segurança para os reeducandos e agentes carcerários. O plantão do CPP é
composto 4 quatro agentes, na maioria das vezes dois homens e duas
mulheres, impossibilitando assim qualquer reação de investidas
externas", descreve um trecho da decisão.
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