Radar - Veja - Gabriel Mascarenhas
O
saldo da carnificina dos presídios de Manaus e Roraima é inversamente
proporcional ao respeito dos bandidos pelo Estado. A constatação é mais
velha do que a fome. Basta
lembrar que o manda-chuva do PCC, Willians Herbas Camacho, o Marcola,
chegou a bolar um plano para fugir da penitenciária de Presidente
Vensceslau, em São Paulo, usando um helicóptero, em 2013. A Polícia
Civil descobriu a gracinha e evitou a fuga cinematográfica.
Mas Marcola não foi nada original.
Até
hoje mantido em sigilo, em 2011, o Ministério da Justiça recebeu
informações de Inteligência de que o chefe do Comando Vermelho,
Fernandinho Beira-Mar, havia traçado um roteiro para ser resgatado por
um helicóptero do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no
Paraná.
À
época, Beira-Mar foi transferido para a penitenciária de Mossoró, no
Rio Grande do Norte. O temor das autoridades era tanto que, no dia em
que o traficante foi levado para o Nordeste, nem os policiais civis e
militares potiguares foram informados sobre o roteiro.
As
forças de seguranças envolvidas no translado receavam que os amiguinhos
de Beia-Mar partissem para o ataque durante a transferência. Por isso, a
Aeronáutica foi acionada e ficou de sobreaviso, até que o bandido desse
entrada na cela em Mossoró.
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