Por Mariana Araújo, do Jornal do Commercio
Petistas viram como positiva a reaproximação do governador Paulo
Câmara (PSB) com o ex-presidente Lula (PT). Para o senador Humberto
Costa, líder da legenda no Senado, o processo é visto como algo
“absolutamente natural”. “É uma coisa positiva líderes políticos poderem
se relacionar. O governador é membro da Executiva nacional do PSB e sem
dúvida é um dos nomes de maior influência que o partido tem e sem
dúvida é uma coisa positiva que essa conversa traz”, avaliou.
Humberto lembrou, também, que as duas legendas caminharam no mesmo
palanque até recentemente, antes do PSB lançar a candidatura de Eduardo
Campos à presidência. “O governador já esteve em ministérios e creio que
em breve estará com a presidente da República. Mas também eu identifico
algo que é tanto do interesse do PT quanto me parece ser do interesse
do PSB é ter canais de diálogos com os partidos”, declarou.
O ex-prefeito do Recife, João Paulo, que esteve com Lula na semana
passada, também viu o encontro de Paulo Câmara com Lula como uma forma
de reaproximação das legendas. “O tratamento do PSB à figura de Dilma
durante a campanha foi bastante duro. Pernambuco está dependente de
ações do governo federal. O bom relacionamento depende da condução
política e os recursos que o governo estadual usará”, afirmou.
A presidente estadual do PT, Teresa Leitão, vice-líder da oposição na
Assembleia Legislativa, pediu cautela na reaproximação das legendas.
“Sabemos que Dilma precisa de apoio no Congresso, mas o PSB não tem
unidade. Vemos pessoas que defendem o projeto do governo e outras que
tratam da presidente com agressividade”, declarou.
Para a deputada, o governador Paulo Câmara precisa explicar os
interesses políticos que estão por trás do encontro, extraoficialmente
solicitados pelo gestor. “Se fosse para se manter na reserva, não teria
divulgado foto”, acrescentou. Sobre a reaproximação com os socialistas,
Teresa afirmou que não há pressa por parte do PT. “O governo de
Pernambuco precisa do apoio do governo federal e temos repetido que não
haverá retaliação”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário