Renato Riella - (Blog)
Os
jornais estão fazendo o maior estardalhaço, mas a verdade é muito
simples: o PMDB, embora nunca tenha um candidato a presidente da
República, é mesmo o maior partido do Brasil e acaba de eleger os
presidentes da Câmara Federal e do Senado.
Nos
próximos dois anos, Renan Calheiros (PMDB-AL) permanecerá como
presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, tranqüilizando a
presidente Dilma Rousseff, que terá ele mais uma vez como parceiro e
protetor.
Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara, enfrentando o petista
Arlindo Chingalia (PT-RJ), e realmente está ressentido com a campanha
que o Palácio do Planalto fez contra a sua candidatura.
Tanto
Renan como Eduardo Cunha têm sido apontados pela chamada grande
imprensa como envolvidos nas investigações da Petrobras, no chamado
inquérito do Lava-Jato.
Mas essas apurações estão sob sigilo, no Supremo Tribunal Federal, e ninguém pode prever o que acontecerá.
Dilma passará a ter problemas, na Câmara, para aprovar medidas duras já anunciadas, visando reduzir custos do governo.
Há
quem diga, também, que um eventual pedido de impeacment contra a
presidente Dilma poderia ser recebido de forma chocante pela Câmara
Federal.
Mas,
para haver uma ameaça de impeachment deveria surgir algum fato que
envolvesse pessoalmente Dilma Rousseff, o que não parece visível nesse
momento.
O certo é que o Palácio do Planalto terá de montar nova estratégia para enfrentar a Câmara e o Senado em 2015.
De
princípio, deputados federais estão prontos para aprovar o projeto do
Orçamento Impositivo, que obriga o governo a liberar recursos para as
chamadas emendas parlamentares.
No
entanto, no Senado, Renan Calheiros pode adaptar essa proposta aos
interesses do governo, se o Orçamento Impositivo realmente passar na
Câmara.
Está
cedo para se fazer previsões. O certo é que o jogo político vai se
intensificar nas próximas semanas, mas o PMDB nunca será um partido
radical. Fiquem tranqüilos!
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