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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Petistas apoiam aproximação com PSB

Por Mariana Araújo, do Jornal do Commercio
Petistas viram como positiva a reaproximação do governador Paulo Câmara (PSB) com o ex-presidente Lula (PT). Para o senador Humberto Costa, líder da legenda no Senado, o processo é visto como algo “absolutamente natural”. “É uma coisa positiva líderes políticos poderem se relacionar. O governador é membro da Executiva nacional do PSB e sem dúvida é um dos nomes de maior influência que o partido tem e sem dúvida é uma coisa positiva que essa conversa traz”, avaliou.
Humberto lembrou, também, que as duas legendas caminharam no mesmo palanque até recentemente, antes do PSB lançar a candidatura de Eduardo Campos à presidência. “O governador já esteve em ministérios e creio que em breve estará com a presidente da República. Mas também eu identifico algo que é tanto do interesse do PT quanto me parece ser do interesse do PSB é ter canais de diálogos com os partidos”, declarou.
O ex-prefeito do Recife, João Paulo, que esteve com Lula na semana passada, também viu o encontro de Paulo Câmara com Lula como uma forma de reaproximação das legendas. “O tratamento do PSB à figura de Dilma durante a campanha foi bastante duro. Pernambuco está dependente de ações do governo federal. O bom relacionamento depende da condução política e os recursos que o governo estadual usará”, afirmou.
A presidente estadual do PT, Teresa Leitão, vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, pediu cautela na reaproximação das legendas. “Sabemos que Dilma precisa de apoio no Congresso, mas o PSB não tem unidade. Vemos pessoas que defendem o projeto do governo e outras que tratam da presidente com agressividade”, declarou.
Para a deputada, o governador Paulo Câmara precisa explicar os interesses políticos que estão por trás do encontro, extraoficialmente solicitados pelo gestor. “Se fosse para se manter na reserva, não teria divulgado foto”, acrescentou. Sobre a reaproximação com os socialistas, Teresa afirmou que não há pressa por parte do PT. “O governo de Pernambuco precisa do apoio do governo federal e temos repetido que não haverá retaliação”, disse.

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