247 - O
ex-presidente Lula fez um discurso de injeção de ânimo na militância no
encontro dos 35 anos do PT, em Minas Gerais. Ele criticou a mídia e saiu
em defesa das medidas econômicas tomadas pela presidente Dilma
Rousseff. Ao ser chamado para discursar, Lula foi ovacionado pela
plateia. "Ontem fiquei indignado, mais do que em outros dias, mas tomei
cuidado para não repassar aqui a indignação que fiquei ontem. Seria
muito mais simples a PF ter convidado nosso tesoureiro para se
apresentar do que ir buscar em casa, seria muito mais simples dizer o
que eles estão repetindo o mesmo ritual desde 2005 quando começaram as
denúncias que eles chamaram de mensalão. Toda quinta-feira sai boato,
sexta sai denúncia nas revistas, sábado e domingo massacre na televisão,
e na outra semana, começa tudo outra vez", afirmou logo no início do
discurso.
Lula afirmou que o critério da mídia
é a criminalização do PT. "Eles trabalham com a convicção de que é
preciso criminalizar o nosso partido. Não importa nem se é verdade",
acusou. O ex-presidente Lula destacou trechos de um manifesto de
fundação do PT, ressalvando que o PT "contribuiu para transformar este
país". Em defesa do legado do PT, o petista afirmou que "nova política
foi acabar com a fome neste país". Lula disse que "medidas amargas"
foram necessárias nos 12 anos de governos petistas.
O ex-presidente disse que o objetivo
dos adversários é "querer que o povo nos esqueça". "Mas, ao invés
disso, em outubro, o povo preferiu eleger a presidente Dilma", afirmou.
Lula saiu em defesa das medidas
tomadas pela presidente Dilma Rousseff no campo econômico. "A
companheira Dilma teve que tomar medidas necessárias, mas temos que
pensar que de vez em quando temos que tomar fôlego. Mesmo reclamando nos
corredores, Dilma, tenha a certeza de que nós sabemos que o que você
vai fazer vai levar o país a um momento muito melhor. Faça o que tiver
que fazer, porque por um erro desastroso nosso, quem vai sofrer é o povo
mais humilde deste país", afirmou.
Ainda em discurso, o ex-presidente
disse que "a quarta vitória eleitoral consecutiva do PT despertou os
mais baixos instintos dos nossos adversários". "Vencemos, mas a luta
está longe de acabar. Nossos adversários não podem dizer qual é o seu
projeto, porque é antinacional. Só podem atacar o PT com a arma do
ódio", afirmou.
Ao falar da operação Lava Jato, o
ex-presidente afirmou que "é a repetição de um filme já conhecido". "Não
há contraditório, não há direito de defesa. O julgamento é feito pela
imprensa. Os condenados já estão escolhidos. Eles não estão preocupados
com os enormes prejuízos à Petrobras e ao País. O que eles querem é
criminalizar o PT e paralisar o País", afirmou.
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