Para o MPPE, o assassinato do promotor de Justiça Thiago Faria
Soares está elucidado. A denúncia apresentada pelo Ministério Público
Federal (MPF) foi acatada pela 36ª Vara da Justiça Federal em
Pernambuco.
Na denúncia, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos
Cavalcante, Antonio Cavalcante Filho, Adeildo Ferreira dos Santos e José
Marisvaldo Vitor da Silva são apresentados como réus pelos crimes de
homicídio doloso contra Thiago Faria e tentativa de homicídio contra a
noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins, e o tio dela, Adauto
Martins. Sexto réu no processo, Genessy Carneiro responderá pelo crime
de favorecimento pessoal.
“A conclusão do inquérito conduzido pela Polícia Federal e Ministério
Público Federal atesta a capacidade investigatória do Ministério
Público de Pernambuco (MPPE) e da Polícia Civil, cuja linha de
investigação foi seguida pela Polícia Federal e MPF”, argumentou o
procurador-geral de Justiça Carlos Guerra de Holanda.
Procurador-geral de Justiça à época do assassinato do promotor, o
atual secretário-geral do MPPE, Aguinaldo Fenelon de Barros, comentou a
decisão. “Desde o início das investigações feitas pelo Ministério
Público de Pernambuco, em conjunto com a Polícia Civil, acreditei que
esses mesmos denunciados são os verdadeiros culpados do crime. Nós
estávamos no caminho certo”.
Fenelon lamentou que o MPPE não possa participar do julgamento dos
acusados em virtude do deslocamento de competência para o MPF e a
Polícia Federal.
“Apesar disso, tanto a Polícia Civil quanto o MPPE, a Polícia Federal
e o MPF investigam baseados em critérios técnicos buscando a verdade
dos fatos”.
Thiago Faria foi assassinado na manhã de 14 de outubro de 2013
durante emboscada na PE-300, entre os municípios de Águas Belas e
Itaíba, com tiros de espingarda calibre 12. Na ocasião, o promotor
dirigia seu carro, em direção à Promotoria de Justiça de Itaíba, onde
trabalhava, tendo a noiva Mysheva Martins no banco do carona e Adauto
Martins no assento traseiro do veículo. As investigações concluíram que
José Maria Pedro Rosendo foi o mandante do crime, que teve como
motivação uma disputa de terras com Mysheva
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