247 - O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de
53 anos, foi executado por fuzilamento às 15h30 deste sábado (17),
horário de Brasília, na Indonésia. A confirmação foi dada por Tony
Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. A execução
ocorreu à 0h30 de domingo (18) pelo horário da Indonésia, dentro do
complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital
Jacarta. Um médico atestou a morte, que foi confirmada oficialmente à
0h45 no horário local (às 15h45 em Brasília).
Marco foi o primeiro cidadão brasileiro na história executado por
pena de morte. Ele havia sido preso em 2003 e condenado em 2004 por
tráfico de drogas. Além dele, outras cinco pessoas foram executadas. Na
véspera da morte, o brasileiro recebeu a visita da tia, Maria de Lourdes
Archer Pinto, 61, e de dois funcionários da embaixada brasileira em
Jacarta. A tia havia levado doce de leite e mel para o sobrinho. Ela
chorava muito desde o início da manhã, diante do fuzilamento iminente.
Archer trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em agosto
de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta,
com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada em
sete bagagens. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado,
após duas semanas, na ilha de Sumbawa. Archer confessou o crime e disse
que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até
Jacarta. No ano seguinte, foi condenado à morte.
Ontem, o presidente indonésio, Joko Widodo, negou pedido de clemência
feito pela presidenta Dilma Rousseff. O presidente Lula já havia
enviado duas cartas pedindo clemência durante seu governo, enquanto
Dilma enviou quatro.
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