Editor do Blog da Folha
Em qualquer roda de conversa sobre política, o assunto via de regra é
sempre o mesmo: a disputa pela liderança do PSB, após a morte de
Eduardo Campos. Nos discursos, falam que não existe isso, que todos
estão unidos no mesmo projeto, e os mantras de união que os gestos
insistem em desmentir. Até porque não há espaço vago em política
partidária, principalmente se tratando do PSB.
Alguns chegam a apontar o governador Paulo Câmara como o líder pelo
cargo que ocupa. Mas outros, como o senador eleito Fernando Bezerra
Coelho e o irmão de Eduardo, Antônio Campos, avaliam que ainda é cedo
para definir um nome para tal liderança.
Talvez por isso uma cena venha se repetindo com uma frequência até
alta, nos primeiros dias de gestão de Paulo Câmara. Em diversas agendas
administrativas e políticas, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, sempre
está ao lado do chefe do Executivo estadual.
Apesar de a cena ser comum, ela não é natural. Ela sugere uma série
de interpretações, nas quais, em sua maioria, não reside a verdade. Já
falaram que Geraldo faz uma marcação cerrada em Câmara por causa dessa
disputa pela liderança do PSB, insinuaram que o governador ainda não tem
a segurança necessária para tocar a gestão, e, por fim, e talvez a mais
próxima da realidade, simplesmente que o gestor municipal quer apenas
ajudar o companheiro de partido no início de gestão.
Mas, por via das dúvidas, seria mais prudente que o prefeito deixasse
o governador andar mais sozinho. Acompanhar até visita de candidato a
presidência da Câmara no Palácio do Campo das Princesas – como ocorreu
nessa quinta-feira (15) na visita do petista Arlindo Chinaglia -, por
vezes, geram insinuações, que não ajudam muito nesse novo momento do
PSB.
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