247 - A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), eleita para um quinto mandato com 177 mil votos, concedeu uma importante entrevista ao jornalista Fernando Taquari,
do Valor Econômico, sobre a crise que hoje vive o PSB, que, na campanha
presidencial, migrou da centro-esquerda para a centro-direita, ao
apoiar o candidato Aécio Neves (PSDB-SP) no segundo turno.
"O PSB, primeiro, tem que voltar a
ser socialista. Hoje, não é nada. Está completamente desfigurado e sem
identidade pelos erros todos que cometeu. Não é aquele partido para o
qual eu fui em 1997. Nas eleições fez concessões a segmentos
conservadores. Agora, faz um jogo que se confunde com a direita mais
reacionária do Congresso ao mesmo tempo que diz que vai apoiar o governo
Dilma em certas questões", diz ela.
"Essa dubiedade mostra que o PSB não
tem um projeto para o país e, pior, está distante de se seus
compromissos originais. Um partido não deve existir para disputar o
poder a cada quatro anos, mas para propor soluções aos problemas
estruturais do país."
Sobre o apoio ao PSDB no segundo turno, Erundina usa a palavra "absurdo". "O
Campos dizia que deveríamos quebrar a polarização para ser a terceira
força. Ao optar por um dos polos, você não só preserva a polarização,
como fortalece um dos lados. O ideal era ter liberado os companheiros
até pelas alianças regionais que foram feitas com PT e PSDB. Discordei
da posição de Marina no segundo turno, especialmente da forma como se
deu. Ela até colocou o emblema do outro candidato no peito
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