Placar final de manchetes negativas: Dilma 702 X Aécio 56
Ao longo da campanha, falamos algumas vezes sobre o Manchetômetro.
A ferramenta criada pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera
Pública (Lemep) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) veio
para explicitar o quanto a mídia é parcial no Brasil:
ao longo da corrida eleitoral, Dilma Rousseff foi criticada 12,5 vezes
mais que Aécio Neves – foram 702 manchetes negativas para a nossa
presidenta reeleita, enquanto Aécio registrou apenas 56.
Nem mesmo a falta de água em São Paulo,
gerada pela má gestão tucana no estado, parece ser pauta para a mídia.
Os escândalos ligados ao PSDB apareceram, durante a campanha do segundo
turno, 50 vezes nos jornais; os ligados ao PT, 122 vezes – mais que o
dobro. Tamanha parcialidade da mídia tradicional prejudica o processo
democrático – ainda mais quando as grandes redes de comunicação se
escondem sob um manto de imparcialidade. Agora, com todos esses números
escancarados pelo Manchetômetro, a regulação dos meios de comunicação se
coloca como uma pauta urgente para o segundo mandato de Dilma, em nome
da defesa da democracia.
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