Do JC Online
Principal suspeito
de ser mandante do assassinato do promotor Thiago Faria, o fazendeiro
José Maria Pedro Rosendo Barbosa se apresentou à polícia na tarde desta
terça-feira. Zé Maria, como é conhecido, chegou à sede da Polícia
Federal, na área central do Recife, acompanhado da esposa e de dois
advogados. Antes de prestar depoimento, o homem falou com a imprensa e
negou ter mandado matar o promotor.
José Maria disse
que não se apresentou antes porque a Polícia Civil o acusou e não queria
ouvi-lo. Apesar de ser considerado foragido, o fazendeiro contou que
votou nos dois turnos da eleição em Itaíba, mesmo município onde
aconteceu o crime.
O caso estava
sendo investigado pela Polícia Civil até o início deste mês, quando
passou a ser de responsabilidade da Polícia Federal. A PF trabalha com
três possíveis linhas de investigação: disputa por terras, vingança e
ciúmes.
Na linha de
investigação que incrimina Zé Maria, o principal ponto é a disputa por
terras. O fazendeiro teria perdido a posse da terra para a noiva do
promotor, que arrematou em leilão 25 hectares da Fazenda Nova, em
outubro de 2012, onde o fazendeiro morava mesmo sem ser o dono da
propriedade. Zé Maria teria creditado sua expulsão da área à
interferência do promotor e planejou a execução dele. De acordo com a
perícia, três homens armaram a tocaia para o promotor.
Thiago Faria
Soares foi morto com quatro tiros de espingarda calibre 12 no dia 14 de
outubro de 2013, quando dirigia seu veículo pela PE-300, rodovia que
liga Águas Belas, município onde o promotor residia, a Itaíba, local em
que ele trabalhava. A noiva de Thiago, Mysheva Martins, e um tio dela
também estavam no carro no momento da emboscada, mas não ficaram
feridos.
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