247 - Crítico de peso e de primeira hora do primeiro
governo Dilma Rousseff, o economista Toni Volpon, da Nomura Securities,
assinou análise divulgada nesta terça-feira 28, em Nova York, prevendo
que o Brasil vai entrar “em lua-de-mel” com os mercados globais. Para
ele, o País será a bola da vez na preferência dos investidores, a
depender da escolha da presidente Dilma Rousseff para o Ministério da
Fazenda.
A Nomura Securities é a maior corretora do Japão, com responsabilidades sobre bilhões em investimentos.
- Os níveis de reservas internacionais ainda estão muito altos.
Quando isso é comparado com o 'carry trade' muito alto que o Brasil
paga, certamente o maior para qualquer grande mercado emergente com grau
de investimento, muitos investidores julgam que é melhor se envolverem
com um yield local de 12% do que se preocupar com uma possível crise que
está fora do horizonte de investimento", diz o texto de Volpon. Como se
lê, bastante pragmático.
Nesta terça, a Bovespa subiu 3,62%, com o dólar em baixa de 1,9%, num
movimento atribuído a dois fatores. A presidente Dilma demonstrou calma
em não trocar, no calor do resultado eleitoral, a equipe econômica.
Houve, simultaneamente, boa repercussão sobre a cogitação do nome do
presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, para o cargo de ministro da
Fazenda no segundo governo. A presidente anunciou que fará mudanças em
sua equipe todas de uma vez, até o mês de dezembro. Com isso, ela
manteve em suas mãos a iniciativa sobre o mercado, que passou a
trabalhar com a expectativa de um mudança de guarda no Ministério da
Fazenda mais ao feitio dos investidores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário