Por Anderson Bandeira
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
O candidato a governador Armando Monteiro Neto (PTB) poderá aumentar o
seu arco de alianças, nesta reta final de campanha, com a adesão de
mais uma legenda. O Partido Ecológico Nacional (PEN), que integra a
Frente Popular, está prestes a mudar de lado, faltando 17 dias para as
eleições. O anúncio foi feito ontem pelo secretário-executivo da
legenda, Michel da Matta. Segundo ele, um pedido de mudança para a
executiva nacional já foi encaminhado e a expectativa é que a decisão
saia nos próximos dias.
“Fiz um pedido para o partido sair da Frente Popular e seguirmos
juntos com Armando. Só estou esperando o posicionamento da nacional. Mas
o que é certo é que teremos modificações. O Paulo Câmara disse ontem
(anteontem) que tinha o apoio de 21 partidos no debate, mas ele não
conte com o PEN”, afirmou Michel.
Além da troca de palanque, ele também pediu a destituição da
executiva estadual, que é presidida pelo secretário de Relações
Institucionais da Prefeitura do Recife, Fred Oliveira. Os dois pedidos,
segundo Michel, são porque tanto o PSB quanto Fred não cumpriram com o
combinado estabelecido, desde que o partido aderiu à base do Governo.
“Eu era o presidente do partido e trouxe para apoiar Eduardo. Ficou
acertado com o PSB e a minha nacional que nós iríamos apoiar o PSB. Na
época, eu nomeei Fred como o presidente para que o partido tivesse
representatividade e crescesse no Estado. Ficou definido também que eles
apoiariam as candidaturas de um estadual e um federal. Só que nada foi
feito” disparou.
Michel contou também que tendo o pedido deferido, lutará para retirar
os segundos que o PEN cedeu à Frente. Nos bastidores, comenta-se que
suas críticas teriam sido motivadas porque Fred não teria o indicado
para a vice-presidência. Procurado pela reportagem, o presidente não foi
encontrado até o fechamento desta edição. Curiosamente, se a decisão
for aceita, o partido voltará ao ninho petebista. Em outubro do ano
passado, o até então dirigente do PEN era João Paulo da Costa, filho do
deputado federal Silvio Costa, e a legenda apoiava Armando Neto.
Por uma decisão da nacional, com apoio de Michel, João Paulo perdeu o
comando da sigla. Versões extraoficiais dão conta de que a decisão
teria sido articulada pelo ex-governador Eduardo Campos com o presidente
nacional do PEN, Adilson Barros.
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