247 -
E agora? Depois que o presidente de Israel, Reuven Rivllin, pediu
desculpas ao Brasil pela grosseria de um porta-voz, Yigal Palmor, que
rotulou o País como "anão diplomático", o que dirão colunistas
neoconservadores que, naquele momento, saíram em defesa de Israel (leia aqui as posições de Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino e aqui a de Demétrio Magnoli)?
Para Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, o episódio ridiculariza os nossos vira-latas. Leia abaixo:
DESCULPAS DE ISRAEL RIDICULARIZAM VIRA-LATAS BRASILEIROS
Depois que o próprio
Reuven Riulin, o novo presidente de Israel, telefonou para Dilma
Rousseff para pedir desculpas, não custa recordar a reação dos
adversários do governo brasileiro, que há duas semanas se alinharam com o
porta-voz da chancelaria israelense que definiu o Brasil como “anão
diplomático.”
Em poucas horas o Brasil foi
inundado por vídeos, artigos e comentários de ar grave, palavras duras e
retórica pedante, de grande utilidade para encobrir uma postura típica
de vira-latas.
Falou-se que era uma definição com “incrível precisão” de nossa diplomacia. Mesmo quem admitiu que a postura do governo brasileiro diante dos ataques do Exército Israelense a Gaza podia estar certa, justificou o “anão diplomático” porque o Itamaraty carece “de credibilidade mesmo quando faz declarações corretas.”
Falou-se que era uma definição com “incrível precisão” de nossa diplomacia. Mesmo quem admitiu que a postura do governo brasileiro diante dos ataques do Exército Israelense a Gaza podia estar certa, justificou o “anão diplomático” porque o Itamaraty carece “de credibilidade mesmo quando faz declarações corretas.”
O telefonema de Riulin mostra com
precisão realmente incrível o ridículo dessa reação. Para azar de quem
levou o “anão diplomático” a sério, a atitude do presidente de Israel
deixa claro que era uma definição menor, de um funcionário sem
qualificação para emitir conceitos em nome do governo, alguma coisa que
se poderia chamar de “gafe” — o que torna ainda mais curioso que tenha
sido aceita e divulgada com tanta facilidade.
Riulin deixou claro pelo gesto que o
Brasil está longe de desempenhar um papel desprezível na diplomacia do
século XXI, para infelicidade daqueles que enxergam o mundo pelo olhar
da inferioridade e da submissão.
Continue lendo no blog de Paulo Moreira Leite
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