Já vão aparecer pesquisas, que correm para aproveitar o clima de consternação, para não perder esse clima e pressionar a Marina e o PSB com intenções de voto mirabolantes. É ela, tem que ser ela, senão, ao contrário, a Dilma ganha e no primeiro turno
(originalmente publicado na Carta Maior)
A campanha eleitoral transcorria modorrenta, com resignação por parte
da oposição. Tinha esgotado os graus de manipulação dos resultados de
pesquisa, conseguindo, no máximo, passar a ideia de que os escândalos
não tinham feito baixar o apoio ao Aécio.
As acusações ao governo ja chegavam ao nível patético do caso da Wikipedia, não sobrava muito, nem para as perguntas à Dilma no JN. Tinham conseguido subir o máximo possível ao pastor. Aécio e Eduardo Campos ficavam nos seus patamares consolidados, as entrevistas dos dois no JN não entusiasmavam a ninguém.
Quando de repente veio o trágico acidente e a morte de Eduardo Campos. Os restos nem havia chegado a Recife a os ventríloquos da direita já se assanhavam com a possibilidade de Marina ser a candidata no lugar dele.
Especulações e esperanças, aqui e lá fora, já projetavam uma reviravolta no quadro sucessório. O segundo turno estaria garantido, os riscos todos iam pra cima da Dilma. Marina partiria com os tais 20 milhões de votos - que parece que ela teria o poder de ter guardado na bolsa, intactos - para disputar com Dilma. Os institutos de pesquisa corriam formular suas desinteressadas perguntas, tipo: Voce estaria disposto a mudar seu voto para Marina, se ela for candidata a presidente? Quem você prefere: Dilma ou Marina?
Mas de repente começam a surgir as dúvidas: Não é possível que a Marina não se aproveite dessa oportunidade de ouro de tirar o PT do governo? Será que o PSB vai querer lançar um candidato do próprio partido? Onde está a consciência cívica da oposição, que pode perder a possibilidade que o destino lhe deu de ganhar as eleições? De derrotar o PT?
Plenamente dispostos a enterrar definitivamente ao debilitado Aecio, as vozes da direita se excitam, entre frenesi e angustia de perder essa oportunidade. Não importa se Marina não é uma pessoa confiável. Que pode assustar os empresários do agronegocio. Que tenha suas manias ecológicas. O que importa é tirar o PT do governo. Depois a gente vê. Se ela chegar a ganhar, vai precisar do apoio parlamentar e dos governadores tucanos, vai precisar da mídia. Se dá uns apertões e ela vai ceder, até porque não tem apoio próprio.
A direita quer que Marina os tire do aperto em que se meteram, com dois candidatos que, no máximo, poderiam levar a disputa para o segundo turno. Quer que Marina seja a sua tabua de salvação para derrotar o PT. Livrar-se da reeleição da Dilma e, quem sabe, até de um retorno do Lula!
Numa hora boa, quando tinham esgotado seu arsenal de futricas, quando o horário eleitoral vai começar e as condições da Dilma ganhar no primeiro turno aumentariam, acontece o acidente e recoloca a possibilidade da Marina mobilizar os votos do desinteressados nos candidatos apresentados. Justo quando a direita se preocupava em mobilizar os do voto nulo, do voto em branco, da abstenção, dos indecisos, mas não conseguia entusiasmá-los com Aecio e Eduardo Cunha, aparece quem pode servir para resgatá-los.
Já vão aparecer pesquisas, que correm para aproveitar o clima de consternação, para não perder esse clima e pressionar a Marina e o PSB com intenções de voto mirabolantes a favor dela e decepcionantes para qualquer outro candidato do PSB. A cena está montada. É ela, tem que ser ela, senão, ao contrário, a Dilma ganha e no primeiro turno.
Todos menos a Dilma – essa a candidatura da oposição, que agora olha para a Marina como sua bala de prata.
As acusações ao governo ja chegavam ao nível patético do caso da Wikipedia, não sobrava muito, nem para as perguntas à Dilma no JN. Tinham conseguido subir o máximo possível ao pastor. Aécio e Eduardo Campos ficavam nos seus patamares consolidados, as entrevistas dos dois no JN não entusiasmavam a ninguém.
Quando de repente veio o trágico acidente e a morte de Eduardo Campos. Os restos nem havia chegado a Recife a os ventríloquos da direita já se assanhavam com a possibilidade de Marina ser a candidata no lugar dele.
Especulações e esperanças, aqui e lá fora, já projetavam uma reviravolta no quadro sucessório. O segundo turno estaria garantido, os riscos todos iam pra cima da Dilma. Marina partiria com os tais 20 milhões de votos - que parece que ela teria o poder de ter guardado na bolsa, intactos - para disputar com Dilma. Os institutos de pesquisa corriam formular suas desinteressadas perguntas, tipo: Voce estaria disposto a mudar seu voto para Marina, se ela for candidata a presidente? Quem você prefere: Dilma ou Marina?
Mas de repente começam a surgir as dúvidas: Não é possível que a Marina não se aproveite dessa oportunidade de ouro de tirar o PT do governo? Será que o PSB vai querer lançar um candidato do próprio partido? Onde está a consciência cívica da oposição, que pode perder a possibilidade que o destino lhe deu de ganhar as eleições? De derrotar o PT?
Plenamente dispostos a enterrar definitivamente ao debilitado Aecio, as vozes da direita se excitam, entre frenesi e angustia de perder essa oportunidade. Não importa se Marina não é uma pessoa confiável. Que pode assustar os empresários do agronegocio. Que tenha suas manias ecológicas. O que importa é tirar o PT do governo. Depois a gente vê. Se ela chegar a ganhar, vai precisar do apoio parlamentar e dos governadores tucanos, vai precisar da mídia. Se dá uns apertões e ela vai ceder, até porque não tem apoio próprio.
A direita quer que Marina os tire do aperto em que se meteram, com dois candidatos que, no máximo, poderiam levar a disputa para o segundo turno. Quer que Marina seja a sua tabua de salvação para derrotar o PT. Livrar-se da reeleição da Dilma e, quem sabe, até de um retorno do Lula!
Numa hora boa, quando tinham esgotado seu arsenal de futricas, quando o horário eleitoral vai começar e as condições da Dilma ganhar no primeiro turno aumentariam, acontece o acidente e recoloca a possibilidade da Marina mobilizar os votos do desinteressados nos candidatos apresentados. Justo quando a direita se preocupava em mobilizar os do voto nulo, do voto em branco, da abstenção, dos indecisos, mas não conseguia entusiasmá-los com Aecio e Eduardo Cunha, aparece quem pode servir para resgatá-los.
Já vão aparecer pesquisas, que correm para aproveitar o clima de consternação, para não perder esse clima e pressionar a Marina e o PSB com intenções de voto mirabolantes a favor dela e decepcionantes para qualquer outro candidato do PSB. A cena está montada. É ela, tem que ser ela, senão, ao contrário, a Dilma ganha e no primeiro turno.
Todos menos a Dilma – essa a candidatura da oposição, que agora olha para a Marina como sua bala de prata.
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