A corrida
eleitoral ao Palácio do Planalto deste ano evidencia um traço da
política brasileira: os clãs eleitorais. Os dois principais adversários
da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), descendem – e ostentam
isto – de duas personalidades históricas da vida pública nacional.
De um lado, a
petista enfrenta o senador do PSDB, Aécio Neves, neto do presidente da
República Tancredo Neves, que morreu antes de tomar posse. Do outro
lado, disputa a eleição com Eduardo Campos (PSB), neto de Miguel Arraes –
ex-governador de Pernambuco por três vezes. Há ainda a presidenciável
do PSOL, Luciana Genro, ferrenha opositora do partido do pai e
governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).
Nas eleições
estaduais, a presença dos clãs também é evidente. Segundo levantamento
do EL PAÍS, 24 candidatos a governador integram grupos que já ganharam
tradição em suas respectivas regiões. As oligarquias familiares não têm
barreiras partidárias.
O PT,
que ganhou força no passado com o discurso de pôr fim às estruturas
arcaicas da política brasileira, também conta com os seus clãs. Um
exemplo é a administração da sigla no governo do Acre. Há quatro
mandatos à frente do Estado, a legenda já elegeu dois irmãos. O primeiro
é o hoje senador, Jorge Viana, governou de 1999 a 2006. O segundo, o
atual mandatário do Estado, eleito em 2010, e atual candidato à
reeleição, Tião Viana. (Do El País - Pedro Marcondes de Moura)
Continue lendo aí: Vinte e quatro candidatos a governador concorrem com a ajuda do sobrenome
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