Josias de Souza (Blog)
A comitiva enviada de
Pernambuco para acompanhar a identificação das vítimas do acidente aéreo
que resultou na morte de Eduardo Campos e outras seis pessoas ficou
impressionada com o que viu no Instituto Médico Legal de São Paulo. Não
há propriamente cadáveres, mas fragmentos de corpos. Daí a demora na
liberação dos restos mortais.
A
pedido da viúva de Campos, Renata, viajaram para a capital paulista
seis pessoas – políticos, servidores do governo pernambucano e um
dentista. Foram ao IML pela primeira vez na quarta-feira (13). O médico
legista que os recepcionou desaconselhou que vissem o que restara das
vítimas. Para dar uma pálida ideia do que sucedera, exibiu fotos que
trazia no celular.
As imagens injetaram drama
na tragédia. Exibiam pedaços de corpos, acondicionados em sacos
plásticos. Alguns são indistinguíveis. São partes pequenas, contou ao
repórter um dos presentes. Fomos informados de que há pés e mãos, mas
não há rostos nem troncos. Os exames de DNA servirão para separar os
fragmentos. Não há como reconstituir integralmente os corpos.
A coleta do material no
local do acidente, que prosseguiu nesta quinta-feira (14), não é algo
trivial. Parte dos restos das vítimas foi lançada a longas distâncias.
Recolheram-se fragmentos até no alto de um edifício. Uma profissional
que acompanhou o trabalho disse que a hipótese mais provável é de que a
fuselagem do jato tenha se rompido antes do impacto no solo.
Estão em São Paulo: Paulo
Câmara (PSB), Raul Henry (PMDB) e Fernando Bezerra (PSB), candidatos a
governador, a vice-governador e a senador, respectivamente; Francisco
Sarmento Filho, da Polícia Científica de Pernambuco; Mário Cavalcanti,
chefe da Casa Militar; e Fernando Cavalcanti, dentista de Campos.
Na quarta-feira, o
governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve com o grupo no
IML. Disse ter tomado todas as providências para apressar a liberação
dos restos mortais, abreviando o sofrimento das famílias. Nesta quinta
(14), autorizou a viagem de um perito à cidade mineira de Governador
Valadares, para recolher material genético da mãe de um dos pilotos
mortos, o único que faltava.
Estima-se que a liberação
ocorrerá no sábado. Mas o IML informou à comitiva de Pernambuco que se
trata apenas de uma previsão, a ser confirmada —ou não— nesta
sexta-feira (14). Renata, a viúva de Campos, mandou dizer que não deseja
a liberação dos restos mortais do seu marido senão junto com os
fragmentos das outras seis vítimas. Será atendida.(Do blog de magno martins)
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