domingo, 3 de novembro de 2013

"FHC privatizaria Caixa, BB e também a Petrobras"

Autor do best-seller "O Príncipe da Privataria", jornalista Palmério Doria diz, em entrevista a Renato Dias, que plano de desestatização era bem mais ousado; "Imagino que,  com os tucanos no poder, não teríamos, hoje, nem a Petrobrax...Era apenas uma etapa para a venda até do mastro da bandeira nacional", afirma; responsável pela publicação de reportagens sobre um filho de FHC fora do casamento, ele também fala sobre o comportamento da imprensa; "para a mídia, esconder um caso extraconjugal era um detalhe"
Leia trechos da entrevista
“Para a mídia, esconder um caso extraconjugal era um detalhe”
 FHC & Marconi Perillo
Por Iris Rezende, em 1998, Fernando Henrique Cardoso traiu o jovem tucano Marconi Perillo.  Iris mandou uma tropa e choque para desmontar a convenção nacional do PMDB, que poderia homologar a candidatura do [ex-presidente da República e pai do Plano Real] Itamar Franco. Se ele,  Itamar Franco, fosse candidato FHC poderia não ser reeleito. Ele é o verdadeiro pai do Plano real e podia mudar o jogo. O que houve foi um atentado com a convenção, a democracia.
Brasil  pós-FHC
Hoje em dia temos a exata noção de que o Brasil saiu pior dos anos Fernando Henrique Cardoso [1995-1998 e 1999 -2002]. Se ainda vivêssemos sob a hegemonia tucana, por exemplo,  não existiriam os Brics. Existiriam apenas os Rics... De 2003 a 2013, o Brasil ganhou projeção mundial, subiu no ranking mundial das economias  e virou protagonista.
Pior das privatizações
O que poderia ter sido mais escandaloso e que não ocorreu, porque eles não conseguiram fazer, seriam as privatizações da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Imagino que,  com os tucanos no poder, não teríamos, hoje, nem a Petrobrax...Era apenas uma etapa para a venda até do mastro da bandeira nacional (Risos).
Mírian Dutra
A mídia nacional, os grandes conglomerados de comunicação esconderam o caso extraconjugal de Fernando Henrique Cardoso  porque ela tinha a clara noção de que ele [FHC] era o Fernando II, a continuação do Fernando I, Fernando Collor, que havia renunciado após a aprovação do impeachment, em 1992. FHC conseguiu realizar  toda a agenda que Fernando I não havia conseguido fazer. Esconder  um caso extraconjugal, um suposto filho fora do casamento [Com a jornalista Mírian Dutra], que não era, na verdade, nem dele, assim como o Plano Real, cuja paternidade é de Itamar Franco, eram detalhes.
Plano Real
Não é verdade que o Plano Real garantiu a estabilidade econômica.  Com Fernando Henrique Cardoso, o Brasil quebrou três vezes, ficou nas mãos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Tesouro Americano. O presidente do Brasil, de fato, era Robert Rubin, homem forte do Tesouro dos Estados Unidos.
Desestatizações
O estupro de Fernando II [FHC] ocorreu em seu primeiro mandato [1995-1998]. O segundo mandato ficou por conta e risco do Fundo Monetário Internacional. Hoje em dia, eles [FMI] tentam se meter mas soa como piada.
José Sarney
Fernando Henrique Cardoso é uma espécie de José Sarney barroco. Numa feliz definição de Millôr Fernandes. Sarney é apenas barroco. É uma piada de mau gosto. Um presidente acidental. Uma obra do Hospital de Base de Brasília...
Leilões e concessões
Leilões e concessões [adotados sob a era Dilma Rousseff] não podem ser comparados com a privataria tucana. Não. Não dá para confundir com a privataria [mistura de privatização com pirataria, termo criado pelo jornalista Elio Gaspari], que grassou no governo de Fernando Henrique Cardoso, o príncipe dos sociólogos. FHC “privatiou”  o céu, o subsolo e os seus piratas iriam, se estivessem no poder, deitar e rolar com o mar. [Referência ao Pré-Sal]. É diferente de partilha e concessão.
AP 470
Não há provas contra o ex-ministro José Dirceu. Ele é inocente. Concordo com o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, que deveria ganhar o Prêmio Esso por sua série de reportagens sobre o caso [Escândalo do suposto Mensalão].  A fantasia, o show do Supremo tribunal Federal (STF) está sendo desmontado. Mas, as comparações são inevitáveis... O jornalista Elio Gaspari diz que o mensalão do PT  perto do escândalo do ‘propinoduto’ tucano em São Paulo é bobagem...
Manifestações de rua
O que sobrou delas, hoje, é apenas os Black Blocks. À época [Maio, junho e julho], fiquei apavorado. Vi a glória do ‘Movimento  Cansei’. Ele conseguiu massa de manobra. Nunca tinha visto multidões à direita (Risos)

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