Do
jeito que as coisas vão, Michel Temer não completa o seu mandato.
Nenhum presidente da República tem sido tão humilhado como ele. Com todo
o respeito, mas S. Exa. acaba de perder o próprio, com o recuo da
nomeação de Antônio Imbassay para ministro da Coordenação Política.
Partidos grandes e pequenos tripudiam sobre sua figura, tanto quanto o
Senado humilhou o Supremo Tribunal Federal.
Só
falta o Congresso provar o impeachment de Michel, por total ausência de
condições para governar o país. Determinação e firmeza são produtos em
falta nas prateleiras do palácio do Planalto.
Pode
até o ex-futuro ministro ser outra vez reconvocado, na próxima semana.
Mesmo assim, não adiantará nada. Já se ouve nos corredores parlamentares
que apenas novas eleições diretas resolveriam, ainda que deputados e
senadores tenham até o dia 31 para tomar a decisão. Depois, as eleições
presidenciais teriam de ser indiretas, pelo Congresso. Mas o melhor,
mesmo, seria o eleitorado escolher todos os cargos eletivos, proibidas
as reeleições.
O
presidente, mesmo tentando contemporizar, não encontra parlamentares e
partidos para respaldá-lo. Muito menos a opinião pública e a opinião
publicada. Começam a aparecer pseudo-candidatos para sucedê-lo, de
Fernando Henrique a Nelson Jobim, sem esquecer Renan Calheiros.
Há
que poupar Michel Temer, mas apenas com sua dispensa. Não transcorre
uma semana sem que a lambança fique pior. Até a fugaz confiança em
Henrique Meirelles virou pó. Um murro na mesa resolveria a questão,
ainda que se ignore o punho capaz de vibrá-lo. Do PMDB ao PSDB e ao
centrão, ninguém se entende.
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