O Estado de S.Paulo - Fábio Serapião e Beatriz Bulla, de Brasília, e Mateus Coutinho
O
cruzamento das informações da proposta de delação do ex-diretor de
Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho com as planilhas
angariadas pela Operação Lava Jato na investigação contra a empresa
sugere pagamento para o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
De
acordo com o anexo encaminhado pelo ex-executivo Claudio Melo Filho à
Procuradoria-Geral da República, “segundo informado pela empresa”, Aécio
seria identificado no sistema interno de pagamentos indevidos como
“Mineirinho”.
No
pedido de busca e apreensão da Polícia Federal da 26.ª fase da Lava
Jato, a Xepa, Mineirinho é apontado como destinatário entre 7 de
outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, registradas nas planilhas
da secretária Maria Lúcia Tavares, do Setor de Operações Estruturadas –
conhecido como o “departamento de propina” da Odebrecht – teriam sido
feitas em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
A
quantia foi solicitada pelo diretor superintendente da Odebrecht
Infraestrutura para Minas Gerais, Espírito Santo e Região Norte, Sérgio
Neves, a Maria Lúcia, que fez delação e admitiu operar a “contabilidade
paralela” da empresa a mando de seus superiores. O pedido foi
intermediado por Fernando Migliaccio, ex-executivo da empreiteira que
fazia o contato com Maria Lúcia e que foi preso na Suíça.
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