Desde o mensalão (o do PT, porque o do PSDB
sumiu com a cocaína do helicóptero do Senador Perella), sabia-se que o
Golpe paraguaio – na Justiça – seguiria uma sequencia.
Pegar o Dirceu, através do Dirceu pegar o Lula e, depois do Lula, derrubar a Dilma.
Estava escrito lá atrás, desde o furo da “reportagem” da Renata Lo Prêt, na Fel-lha , com o grande estadista da Casa Grande, o Bob Jefferson.
A presidenta Dilma não disse nada sobre o mensalão.
Ao contrário, seu Ministro da Justiça (sic), o omisso zé Cardozo, deu declarações para coonestar a condenação do Dirceu: quem faz paga !
Como se sabe, o Dirceu foi condenado sem uma única, misera prova.
Foi vítima da tropicalização da teoria do “domínio do Fato”, uma excrescência que, agora, se instalou na Lava Jato.
Enquanto a cúpula do PT era dizimada sem provas, a Presidenta… quieta.
(Aliás, aqui pra nós, até hoje se espera uma palavrinha do Presidente
Lula sobre a condenação – sem provas – do Dirceu, do plutocrata José
Genoino, que comprou o duplex do Donald Trump na Quinta Avenida, com o
dinheiro do Ban-co-do-Bra-sil-se-nho-res !, e do João Paulo Cunha … Mas, um dia, o ex-presidente, com certeza, falará deles …)
O Golpe se armava nas teias da “Justiça”, e a Presidenta, quieta.
Aí veio a segunda etapa do Golpe Paraguaio.
Com a valiosa colaboração do Eduardo Cunha e do Renan – enquanto
aguardam a tornozeleira eletrônica -, do TCU pefelista/arenista, do
Ministerio Publico de procuradores fanfarroes, da Policia Federal dos aecistas confessos , dos que usam a Presidenta como alvo de exercício de tiro, e que escarnecem, diuturnamente do chefe (sic), o zé da Justiça.
Montou-se o cerco do Golpe.
O Governo parecia sitiado.
Quem fornece os arcabuzes é o PiG.
Porque, não fosse o PiG, o Moro não passava de um rabula de Provincia.
Mas, foi a Globo que o transformou num semi-Deus, extraído da costela
do Joaquim Barbosa – o campeão mundial da dominação dos fatos.
O ansioso blogueiro chegou para um Ministro de Estado e disse:
- Ministro, o cerco vai se fechando. E a sua chefe ?
- Parece chapada, foi a resposta.
Quando a delação bateu no Palácio, aí a Presidenta veio pra cima.
Lamentavelmente, ela diz que tomará providencias quando os delatores falarem dela, do Governo dela.
Mas, a questão não é pessoal, não é contra ela.
A questão é institucional.
É um Golpe de Estado !
É a tentativa de reverter a vitoria de 2014.
Já que a Direita já sabe que não chega ao poder pelo voto.
Nem em 2018.
Então, é preciso ocupar o Poder.
Apossar-se da Petrobras, como querem o Padim Pade Cerra, Aloysio 300 mil Nunes, e o Renan.
E desfazer o presidencialismo, como querem o Cunha e, sempre, o Cerra.
E Parlamentarismo, na estrutura política do Brasil, significa exercer o poder sem voto.
Por isso o Cerra tem a obsessão do Parlamentarismo, porque, pelo voto …
Mas, de qualquer forma, Dilma reagiu.
E reagiu muito bem.
Reagiu de uma forma política, cultural, institucional.
Delator é, por definição, traidor.
Inconfiável.
Delator, como o traidor, diz qualquer coisa.
O delator está no circulo IX do Inferno de Dante, é o ser mais execrável, o que mais sofre o calor do eterno fogo!
Para livrar a cara, o delator entrega a mãe.
Ainda mais 1001 delatores, como na coleção da Vara de Guantánamo.
Quem fabrica delatores em série é ditadura.
Quem encarcera para arrancar delação é o Coronel Ustra.
A profusão de delatores é o que aproxima o Coronel Ustra do Juiz Moro.
E foi isso o que a guerrilheira Dilma disse ao senador Agripino, outro que, se bobear, ganha uma tornozeleira eletrônica.
Porque aos ditadores se mente.
Quiseram fazer da Dilma uma delatora, e ela não quis.
Resistiu.
Não traiu.
Não entregou ninguém.
Esse é o debate que precisa ser travado.
A quem interessa a delação ?
Por que o delator delata ?
Quem atinge ?
É o debate político.
Porque a Lava Jato não tem nada a ver com Justiça.
É um acerto de contas eleitoral.
Vamos combinar.
É para derrubar a Dilma e apear o PT do poder.
O resto é o Luar de Paquetá, como diria o Nelson Rodrogues, que visitava os intestinos morais da Direita.
O Juiz Moro quer é quebrar a Petrobras e as empresas que servem a ela.
(Veja como o Fernando Brito analisou o Plano de Negócios da Petrobras – o Bendine deve morrer de rir do Moro.)
O Moro e seus procuradores fanfarrões não querem os acordos de leniência.
Por que ?
Porque querem fechar o Brasil, congelar a economia brasileira.
Trancar o PIB a cadeia !
E dar a chave ao Cardozo !
Agora, que o Silverio dos Reis e o Calabar tocaram a campainha do Palácio, a Presidenta reagiu.
Foi tarde, mas foi em tempo.
Tem que enfrentar o Moro na Politica, na discussão institucional.
Porque, como o mensalão (o do PT) essa Lava Jato tem a ver é com Política !
É com Poder.
Não tem nada a ver com Justiça
Porque se tivesse a ver com Justiça, o ministro Marco Aurélio, que tirou a escada do Moro, voltaria a ser endeusado pelo PiG, como foi no mensalão do PT.
E, no entanto, a entrevista dele não mereceu nem uma virgula do Ataulpho.
Porque a Justiça da Casa Grande a gente sabe como é.
É no açoite.
Nas costas do pobre.
Do negro.
Dessa gentalha – como diria o grande Senador Heil Bornhausen.
E, por isso, a Dilma e o Lula precisam ir para cadeia.
Não adianta invocar a Constituição ou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, como fez a competente advogada da Odebrecht.
Não é disso o que trata a Lava Jato.
Muito menos combater a corrupção, porque ali só tucano morto é suspeito.
A Lava Jato é uma Operação Política.
A Lava Jato deveria se chamar “Operação o FHC voltará !”
Só.
Está mais para a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara do que para a Presidência da Corte Internacional de Haia.
Agora, porém, a coisa vai ficar mais animada.
A água bateu nos tornozelos da Presidenta.
E quando isso acontece, pergunta ao Agripino…
Antes tarde do que nunca !
Paulo Henrique Amorim
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