Mesmo com a crise econômica que afeta o País, o setor canavieiro quer reativar outras duas usinas nesta safra: Cruangi e Pedroza, localizadas em Timbaúba e Cortês, respectivamente. Na última quinta (25), diretores da usina Cruangi assinaram um contrato de arrendamento da unidade com a Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (COAF).
Com a retomada das atividades, quatro mil empregos podem ser gerados na Mata Norte, distribuídos em 15 cidades. As informações são da COAF.
A decisão veio na esteira dos números positivos após a reativação da Usina Pumaty, na Mata Sul, que moeu 513 mil toneladas e faturou R$ 50 milhões, na última safra.
No entanto, a reativação da Cruangi depende da decisão do juiz José Gilberto de Souza, da 1ª Vara de Timbaúba, que é responsável pelo processo de Recuperação Judicial da unidade. O magistrado precisa validar o arrendamento e blindar a cooperativa de passivos da antiga administração.
Se for confirmado, cerca de R$ 3 milhões serão investidos no apontamento do parque industrial, e a usina estará funcionando em outubro, depois de três safras paradas.
Após a forte crise nacional no setor sucroenergético, com o fechamento de várias usinas em Pernambuco, só quatro unidades estão ativas na Mata Norte: Laranjeiras, em Vicência, Olho D’água, em Camutanga, Santa Tereza, em Goiana, e Petribu em Lagoa do Carro.
O presidente da COAF, Alexandre Andrade Lima, estima que na primeira safra a unidade moa algo em torno de 400 mil toneladas. A cana virá dos produtores dos municípios de Vicência, Bueno Aires, Nazaré, Aliança, Condado, Goiana, Macaparana, Timbaúba, Itambé, Ferreiros e parte de Carpina.
PEDROZA – Outra cooperativa de produtores também arrendou a Usina Pedroza, situada no município de Cortês, na Mata Sul, fechada na última safra.
A expectativa é começar a moagem no fim de outubro e esmagar cerca de 300 mil toneladas de cana. A reativação do parque fabril visa receber a cana dos produtores dos municípios de Ribeirão, Primavera, Catende e parte de Palmares.
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