247 – Os professores da rede estadual, em greves que
se multiplicam pelo País, deveria receber mais atenção, defende Breno
Altman, em novo artigo em seu blog no 247.
O jornalista chama de "merreca" – "perto da vergonha que constitui a
remuneração no ensino pré-universitário brasileiro" – a principal
reivindicação de reajuste salarial de 13% determinado pela lei nacional
do piso para o magistério até reposição de perdas acumuladas ou
equiparação com outras categorias de formação superior. Leia um trecho
do texto:
Os governos enroscados com estes protestos, através dos setores
de imprensa aos quais se associam, têm se esforçado para tornar o
movimento invisível. Ou oferecem respostas repressivas quando a situação
lhes parece sair do controle. Fazem de conta que nada está ocorrendo.
Não abrem negociações, mentem sobre o alcance das paralisações, omitem a
magnitude dos encontros sindicais. A velha mídia prefere dar mais
destaque a vinte cidadãos enraivecidos, batendo panela contra a
presidente no casamento de um ricaço, do que a milhares de educadores,
frequentemente dezenas de milhares, marchando pelas cidades ou
realizando formidáveis assembleias.
Altman diz que "o silêncio se rompeu quando o governador paranaense,
Beto Richa, jogou suas tropas na rua e feriu duzentos manifestantes", em
Curitiba, no último dia 29 de abril, mas destaca que "a cortina da
omissão, aos poucos, volta a esconder um dos mais importantes movimentos
civis dos últimos tempos". Segundo ele, "triste também é a timidez do
governo federal", que, "mesmo diante do massacre no Paraná, quando se
esperava brado de indignação, o que se escutou foi oblíqua e murmurada
reprimenda".
O colunista também cobra o ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro: "Obviamente o ministro da Educação não possui poder
constitucional para atender às reivindicações dos grevistas, mas deveria
estar com as mãos livres e empolgado para tecer laços de solidariedade
com os professores, aproveitando o momento para um grande debate
nacional sobre educação".
Leia aqui a íntegra.
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